Militares foram presos pelo crime depois que polícia rastreou celular da vítima em cassino no Paraguai.

Cabos do Exército são presos por extorsão e roubo de R$ 21 mil de comerciante
Caso foi investigado pela Polícia Civil de Ponta Porã, com apoio da polícia paraguaia. / Foto: Reprodução

Dois cabos do Exército e um reformado foram presos pelo roubo e extorsão de R$ 21 mil de comerciante em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande. Os ladrões, com idade entre 23 e 25 anos, foram identificados a partir do celular da vítima, rastreado pela polícia.

O roubo aconteceu no dia 20 de outubro, no assentamento Itamarati. A vítima é dona de comércio e estava sendo monitorada pelos bandidos. Ele foi abordado por três homens encapuzados, volta das 20h. além de roubarem celular, revólver e R$ 2 mil, obrigaram o homem a repassar as senhas bancárias, sacando R$ 20 mil das contas.

O delegado Luccas Rodrigues Gomes, da Polícia Civil de Ponta Porã, diz que rastrearam o celular da vítima, descobrindo que eles haviam atravessado a fronteira, indo até um cassino em Pedro Juan Caballero.

A vítima também descreveu o tipo de carro que teria sido obrigado a entrar e, a partir das informações, a polícia identificou carro semelhante no estacionamento do cassino. Depois, esse veículo foi encontrado em um lava a jato em Ponta Porã e, dentro, o celular da vítima.

O primeiro preso foi localizado poucos dias depois do roubo. Segundo o delegado, inicialmente, ele negou envolvimento no caso, mas depois confessou e indicou o nome de um dos comparsas. O segundo envolvido foi preso na sexta-feira passada (4) e, o último, ontem.

O delegado disse que dois dos envolvidos foram presos no quartel, no 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado. O cabo reformado foi preso em Pedro Juan Caballero, com apoio da polícia paraguaia e será expulso nos próximos dias, para responder ao crime em território brasileiro. Gomes disse que esta teria sido a primeira vez que os suspeitos se envolveram em um roubo.

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de roubo e extorsão, qualificado pelo concurso de pessoas, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima.