O crime ocorreu na propriedade dele, localizada em Villa Ygatimi, no departamento (equivalente a Estado) de Canindeyú, a 30 quilômetros de Paranhos (MS).

Brasileiro é executado na fronteira 3 meses depois de sobreviver a atentado
Brasileiro foi executado ao lado de trator esteira, na área rural de Vila Ygatimi. / Foto: ABC Color

Menos de três meses depois de trocar tiros com pistoleiros e sobreviver a atentado, o agricultor brasileiro Antônio Adelir Bitencourt, 36, o “Maninho', foi executado na manhã desta segunda-feira na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

O crime ocorreu na propriedade dele, localizada em Villa Ygatimi, no departamento (equivalente a Estado) de Canindeyú, a 30 quilômetros de Paranhos (MS).

A execução foi praticada por homens usando roupas camufladas e armados com fuzis 7,62 e 5,56. Antônio foi morto com vários tiros ao lado de um trator esteira. Ele também tinha nacionalidade paraguaia.

Segundo policiais paraguaios, os bandidos invadiram a propriedade por volta de 7h, mataram Antônio Adelir e fugiram. As únicas pistas deixadas no local foram as cápsulas deflagradas A fazenda fica em uma estrada vicinal, a 1 km do núcleo urbano de Vila Ygatimi.

Inicialmente, a suspeita era que de o ataque tivesse sido obra de algum grupo terrorista presente na região norte do Paraguai por causa das roupas camufladas usadas pelos pistoleiros. Entretanto, a revelação da identidade da vítima levou a polícia a acreditar em envolvimento com o tráfico de drogas.

No dia 11 de agosto deste ano, Antônio Bitencourt tinha trocado tiros com pistoleiros que foram para matá-lo enquanto ele descarregava um motor em oficina mecânica no centro de Paranhos, a 469 km de Campo Grande e separada apenas por uma rua de Ypejhú, no Paraguai.

Ao estilo “velho oeste', “Maninho' sacou duas pistolas e trocou tiros com pelo menos quatro pistoleiros. Antônio foi atingido por três disparos, sendo dois nas pernas e um no ombro. Pelo menos, um dos pistoleiros também ficou ferido, segundo testemunhas.

Os bandidos fugiram para o lado paraguaio. Antônio foi atendido, inicialmente no hospital de Paranhos e depois transferido para o lado paraguaio, escoltado por homens da Polícia Nacional.

A médica de Paranhos quis transferi-lo para Ponta Porã devido à gravidade de um dos ferimentos na perna, mas Antônio não aceitou e disse procuraria hospital com mais estrutura em Asunción, a capital do Paraguai.

Em janeiro de 2019, Antônio Adelir Bittencourt, 59, o pai do homem morto hoje, foi executado por dois matadores no centro de Paranhos. Ele se preparava para entrar em sua caminhonete quando os dois matadores se aproximaram e dispararam vários tiros de pistolas.

Na época, policiais da fronteira informaram que Adelir era pistoleiro, mas familiares dele disseram que o homem tinha criação de gado no lado paraguaio. Ele morava em Vila Ygatimi, onde o filho foi executado hoje de manhã.