Crítica foi por conta das pressões sofridas em virtude de agressões ao meio ambiente.

Bolsonaro chama Europa de "seita ambiental" e Brasil de "potência no agronegócio"
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante transmissão em suas redes sociais. / Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Europa por conta das pressões que seu governo vem sofrendo em virtude de agressões ao meio ambiente. Em live transmitida nas redes sociais na quinta-feira (16) Bolsonaro classificou a Europa como "uma seita ambiental" que ataca o País "de forma injusta" e movida por interesses comerciais. O presidente também criticou a imprensa, a quem acusou de fraudar números do desmatamento.

"Nós somos o tempo todo acusados injustamente de maltratar o meio ambiente no Brasil. A imprensa daqui publica, a imprensa de fora republica, em especial a da Europa, e lá a questão ambiental é tido como uma seita. Aí a mesma imprensa que fraudou números republica aquilo para criticar o governo", argumentou o presidente da República. Para ele, "no passado havia interesse (internacional) na região amazônica, mas hoje há interesse em todo o Brasil". De acordo com Bolsonaro, "em focos de queimada estamos abaixo da média dos últimos anos". "Não é que estamos indo bem. Tem coisa para fazer? Tem, mas não é esse trauma todo", afirmou.

O presidente também lamentou que a medida provisória (MP) 910, que tratava da regularização fundiária e ficou conhecida como "MP da grilagem", não tenha sido votada no Congresso, o que fez com que ela caducasse. Para Bolsonaro, a votação da MP não foi pautada porque "a esquerda ainda tem uma influência muito grande dentro do Parlamento", e citou partidos como PT, PDT, Rede Sustentabilidade, PCdoB e PSOL como responsáveis pela pressão que levou à caducidade da proposta.

"Se tivesse sido aprovada (a MP 910), essas áreas seriam regularizadas e, uma vez detectado o foco de calor ou queimada, teria como saber se foi dentro da reserva legal, ou não, e quem é o dono daquela área, e aí você puniria", afirmou. Apesar disso, Bolsonaro assumiu o compromisso de diminuir as queimadas, mas falou que elas "não vai acabar nunca".