O processo que pediu a interrupção do serviço de mensagens está possivelmente relacionado à investigação de latrocínio, tráfico de drogas e ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme divulgado pelo Consultor Jurídico. As informações que constam em documento obtido pelo Gizmodo Brasil apontam que a origem da medida é do Grupo de Combate às Facções Criminosas (GCF).

Um dos envolvidos foi preso em 2013 pela Polícia Civil, e solto recentemente por uma decisão do Supremo Tribunal Federal para responder em liberdade.

A polícia havia pediu ao Facebook dados de usuários do WhatsApp para investigar e , como não teve resposta, houve o pedido de bloqueio na 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. Por não ter tido resposta, o Ministério Público, citando o Marco Civil, pediu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas. A decisão foi deferida pela juíza Sandra Regina Nostre Marques.

O processo corre em sigllo. Mas, em documento obtido pelo Gizmodo Brasil e que foi enviado às operadoras, é citado que a decisão tem relação com investigação de “facções criminosas”, o que bate com os detalhes do processo revelados pelo Consultor Jurídico.

No documento, a ordem pede que as operadoras bloqueiem acesso a domínios e subdomínios do WhatsApp, e também façam tudo o que “for necessário para a suspensão do tráfego de informações, coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registro de dados pessoais ou de comunicações entre usuários da rede”.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disse à Folha que não foi notificada da decisão, mas acha que a medida é prejudicial aos usuários e desproporcional por prejudicar milhões de consumidores.