Se depender do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte, não receberá mais salário da Prefeitura de Campo Grande. Olarte recorreu à Justiça para tentar receber, mas o desembargador Luiz Cláudio Bonassini disse que a decisão cabe ao Executivo, liderado por Bernal.

Questionado sobre a decisão, que jogou para a prefeitura a responsabilidade, Bernal não demonstrou preocupação. O prefeito sinalizou que vai manter o corte do pagamento de Olarte, que na avaliação dele não merece receber, visto que não trabalha.

“É um réu em processo de formação de quadrilha para prática de corrupção, que foi afastado do cargo pela Justiça. Não trabalha, não vai receber. Pelo contrário,  tem que ser preso e devolver dinheiro para a prefeitura”, declarou.

Bonassini negou o retorno de Olarte ao cargo e disse que não cabe a Seção Criminal do Tribunal de Justiça decidir sobre o salário do vice-prefeito, que desde setembro não recebe salário de R$ 15.308,66.

Olarte está afastado do cargo desde o dia 25 de novembro, quando a Operação Coffee Break foi deflagrada. Na ocasião ele foi afastado junto com o então presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), que já retornou ao cargo de vereador.

A vida de Olarte foi um pouco mais difícil do que de Mario Cesar e pouco tempo depois ele chegou a ficar preso por alguns dias. Ele não retornou ao cargo e nem recebe salário desde então. O relatório da Coffee Break está com a procuradoria-geral do MPE, que precisa decidir se arquiva o relatório, pede novas diligências ou envia ao Tribunal de Justiça, que pode arquivar ou dar continuidade ao processo.