Consórcio entre PCC e CV movimentou R$ 250 milhões em contrabando de armas e drogas

Bella Ciao: Saiba quem é Ana, a intermediadora de armas em MS com PCC e CV
Consórcio entre PCC e CV movimentou R$ 250 milhões em contrabando de armas e drogas / Foto: Ana Lúcia com o traficante 'Professor' que morreu em no dia 1º de junho

Ana Lúcia Ferreira, conhecida como Ana Paraguai, foi alvo de uma operação nesta quinta-feira (3), ‘Bella Ciao’ contra as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho). Mas, quem é Ana?. 

Ana Paraguai foi casada com o narcotraficante, Elton Leonel da Silva, o Galã. Por ter conhecimentos da facção na fronteira, mais precisamente em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, ela era a intermediadora da compra de armas e drogas. O consórcio firmado entre PCC e CV movimentou mais de R$ 250 milhões.

Após a prisão de Galã, Ana se separou do traficante se casando novamente. Ela acabou assumindo o lugar de Elton nas negociações com os fornecedores. De acordo com as investigações, Ana Paraguai ainda se envolveu amorosamente com o ‘Professor’, o traficante Fhillip da Silva Gregório,  que morreu no dia 1º de junho. 

Ana Paraguai ainda é apontada como a responsável pela logística para transportar o material para o Complexo do Alemão. Ana morava em um apartamento avaliado em R$ 1 milhão.  Ana Lúcia ostentava a vida  de luxo que levava.

Segundo a investigação, ela ostentava imóveis e joias, e usava uma BMW que está em nome de outra pessoa. Recentemente, teria adquirido um Citroën C3 zero quilômetro, carro que acabou sendo apreendido, segundo o Extra. 

Consórcio entre  PCC e CV
A quadrilha atuava de forma estruturada, utilizando empresas de fachada, contas bancárias de laranjas e uma logística interestadual que conectava Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Uma das responsáveis pelo envio de armas de MS para o Rio de Janeiro, era Ana Lúcia Ferreira, que foi presa em Taubaté. Ela é ex-mulher de Elton Leonel, conhecido como ‘Galã’.

Ana Lúcia tinha uma ampla rede de contatos no crime organizado, por antigos relacionamentos com figuras ligadas ao PCC. Gustavo Miranda de Jesus é suspeito de cuidar da movimentação financeira do esquema. Ele seria o responsável por lavar o dinheiro do tráfico em empresas de fachada e eventos para encobrir fluxos de capitais ilícitos.

Além das prisões, a operação cumpriu 57 mandados de busca e apreensão em endereços nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Outro alvo da operação, Luiz Eduardo Grego, conhecido como “Cocão”, está foragido. 

Ele seria o representante comercial do grupo e estava sendo treinado por Ana para substituí-la em algumas reuniões. Ele atuava também como segurança pessoal do “Professor”.