Agora, o número de mortos em Gaza, desde o início dos combates, chegou a 188, incluindo 55 crianças

 Ataque de Israel mata 42 palestinos, em ação mais letal desde início do conflito

No sétimo dia de confrontos entre Israel e Hamas, ataques aéreos israelenses na madrugada deste domingo (16) mataram ao menos 42 pessoas, incluindo 10 crianças, de acordo com autoridades de saúde de Gaza. 

Trata-se da ação mais letal desde que o conflito estourou.

As Forças Armadas de Israel afirmam que as baixas civis não foram intencionais e que as ações miravam um sistema de túneis usado por militantes radicais. 

Quando a estrutura colapsou após ser atingida pelo ataque aéreo, a destruição levou também casas onde as vítimas civis estavam.

Do outro lado, militantes palestinos dispararam foguetes contra Israel, no que o Exército do país diz ser a onda mais intensa de lançamentos de projéteis já realizada contra seu território.

Agora, o número de mortos em Gaza, desde o início dos combates, chegou a 188, incluindo 55 crianças. 


Em Israel, 10 pessoas, entre as quais duas crianças, foram mortas em disparos de foguetes pelo Hamas e outros grupos radicais.

Na tarde deste domingo, manhã no Brasil, um homem palestino avançou com um carro contra um bloqueio em Jerusalém Oriental e atropelou seis agentes das forças de segurança de Israel. Policiais então abriram fogo e mataram o motorista, cujo nome não foi divulgado. 

A ação foi comemorada pelo Hamas, que classificou o ocorrido como uma 'operação heróica e ousada'.

Sem nenhum sinal do fim da pior escalada de violência entre israelenses e palestinos desde 2014, já que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que a campanha militar continuará com força total, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu neste domingo para discutir a situação.

O encontro, no entanto, assim como nas duas vezes anteriores, parece que não resultará em uma declaração pública. 

Ainda que o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, tenha alertado para o risco de uma 'crise incontrolável', os EUA continuam resistentes à divulgação de um comunicado conjunto, algo que a Casa Branca considera, neste momento, contraproducente. 

A China lamentou a obstrução americana e instou o Conselho a agir para encerrar as hostilidades.

Assim como Israel, o Hamas, grupo islâmico que comanda a Faixa de Gaza, afirmou que continuará com os confrontos na fronteira depois de o Exército israelense destruir, no sábado (15), um prédio que abrigava as operações da agência americana de notícias Associated Press e da TV qatari Al Jazeera.

Após grande repercussão internacional e críticas dos EUA, os militares israelenses defenderam que a torre Jala era um alvo militar legítimo porque haveria escritórios militares do Hamas no local. 


As Forças Armadas também destacaram o fato de terem alertado os civis antes da ação para forçar uma evacuação.

Em um comunicado, a Associated Press condenou o ataque e pediu a Israel que apresentasse provas de que havia operações ou atuação do Hamas no edifício. 

Em represália pela destruição do prédio, a facção islâmica disparou 120 foguetes durante a noite, segundo os militares israelenses, mas muitos deles foram interceptados, e cerca de uma dúzia caiu dentro de Gaza.

Ainda assim, israelenses correram para abrigos antiaéreos após sirenes alertarem para o lançamento de foguetes em Tel Aviv e na cidade de Beersheba, no sul do país. Cerca de dez pessoas ficaram feridas enquanto corriam para os locais de proteção, de acordo com médicos de Israel.