Membros de Campo Grande dizem que a igreja dos mórmons sofre preconceito desde a fundação

Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – mais conhecidos como mórmons – sentiam a dor de seu profeta Russel M. Nelson, que faleceu no último sábado (28), aos 101 anos, quando, horas depois, um ataque brutal em um templo cristão, nos Estados Unidos. A bárbárie deixou quatro mortos e oito feridos, se tornando mais um “triste capítulo do preconceito”, conforme avaliam os fiéis, em Campo Grande.
“O nosso profeta Russel faleceu às 22h. Eu até soube pela minha mãe, inclusive. E quando isso ocorre, não é como a escolha do papa. Ocorre o quórum e o mais antigo na função de apóstolo se torna o profeta. No casso do Russel foi assim, ele tinha mais tempo de apostolado e não de idade, na época. E sobre o ataque eu fiquei sabendo agora pela manhã. É mais um triste capítulo do preconceito”, afirma membro da igreja, de 41 anos.
Em sua avaliação e de outros membros, desde a fundação a igreja dos mórmons sofreu preconceito. “Inclusive, é até muito triste falar isso, mas, o profeta que fundou a nossa igreja foi assassinado. As pessoas falam que é uma seita, mas, isso é pura ignorância, por não nos conhecerem. Nós somos cristãos, acreditamos na bíblia, no novo e velho testemamento”, afirmou a fiel.
Outro membro, que também não quer ser identificado, falo que o casamento plural, por muito tempo, foi discutido, sendo que é algo que nem existe mais. “Lá no início, quando a igreja foi fundada, em 1830, tinha sido autorizado. Só que isso não existe mais há muito tempo. E a gente sabe que a poligamia é crime nos EUA, assim como em inúmeros países. E tem alguns membros que saíram da igreja por isso, continuaram com o casamento plural e ficou este estigma, então, os membros desde sempre lidam com o preconceito”, lamentou.
Ataque é de ex-fuzileiro naval, veterano da guerra do Iraque
Imagem: Emily Elconin/Getty Images via AFP
Conforme apurado pela imprensa mundial, um ex-fuzileiro naval abriu fogo em uma igreja mórmon no estado americano do Michigan, nesse domingo (28) matando ao menos quatro pessoas. Na ocasião, ele invadiu o local em uma picape e ateou fogo. Ao se pronunciar sobre o assunto, o presidente Donald Trump falou em uma “epidemia de violência” nacional.
O ataque ocorreu por volta das 10h25 no horário local, quando centenas de pessoas estavam presente no culto de domingo na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em Grand Blanc Township, nos arredores de Flint.
De acordo com testemunhas, o homem saiu do veículo com duas bandeiras americanas hasteadas na caçamba e começou a atirar, antes de atear fogo. A polícia local ainda ressaltou que o autor carregava dispositivos.
Ao menos oito pessoas ficaram feridas. O atirador foi morto pela polícia no estacionamento, oito minutos após o primeiro chamado de emergência. Ele foi identificado como Thomas Jacob Sanford, de 40 anos, morador da cidade vizinha de Burton.
O FBI (Escritório Federal de Investigação, em português), que assumiu a investigação, descreveu o incidente como um “ato de violência direcionada”.
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