Testemunha se deparou com o garupa da motocicleta efetuando os disparos e pisando na cabeça de Gustavo
O assassino de Gustavo Fernandes Ribeiro, de 30 anos, pisou duas vezes na cabeça do motoentregador após executá-lo com 12 tiros no Jardim Aquarius II, em Campo Grande. Gustavo foi atingido por tiros de calibre 9 mm, alguns na cabeça e no rosto, no fim da tarde de terça-feira (16).
O motoentregador estava trafegando pela Rua Praia Grande, quando foi atingido pelos disparos e caiu ao chão. Uma testemunha, de 38 anos, que preferiu o anonimato, disse ao Jornal Midiamax que inicialmente pensou que o barulho fosse de bombinha.
“Terrível, eu assustei, né?! Pensei que era bombinha, mas aí falei para o meu filho: ‘Não é bombinha, não, isso é tiro, mataram alguém aí’. Aí meu filho falou, ‘não’, então, eu saí aqui e vi. Estava todo mundo alvoroçado”, contou.
Ao sair de casa, a testemunha se deparou com o garupa da motocicleta efetuando mais disparos e pisando na cabeça de Gustavo. “Quando eu saí, já tinha dado uns sete ou oito tiros, aí vi que ele deu mais tiros e pisou duas vezes na cabeça dele [vítima] e [eles] foram embora”, detalhou.
À reportagem, uma idosa de 61 anos disse que a violência foi tão grande que lhe deixou com medo. Ela se mudou do Acre para Campo Grande há três anos, mas reside há oito meses no Jardim Aquarius II.
“Eu não sabia identificar o que era, mas era semelhante a algumas rajadas. Depois, eu soube que eram tiros. Agora, a gente fica com medo até de ir para a igreja, porque não sabemos o que pode acontecer. Estou aqui no bairro há oito meses, hoje percebo que gostava mesmo era do Acre”, falou a idosa.
Pela manhã, equipes da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) estiveram em diligências pela região. O capacete de Gustavo foi encontrado no local com diversas marcas de tiros. Os autores, que fugiram em uma motocicleta, ainda não foram localizados.
Conforme apurado pela reportagem anteriormente, o motoentregador cumpria pena desde 2013. Ele possuia passagens por receptação, ameaça e porte de drogas. Gustavo também tinha uma condenação por tráfico de drogas, em Campo Grande, cuja extinção da punibilidade — ou seja, o encerramento da condenação — ocorreu em 2017. Ainda não há informações se as passagens criminais possam ter relação com o assassinato.
Execução no fim da tarde
Segundo o boletim de ocorrência, Gustavo estava conduzindo sua motocicleta pela Rua Praia Grande, sentido Centro-bairro, quando foi surpreendido por outro motociclista com um suspeito na garupa. Em seguida, o garupa se aproximou e passou a efetuar disparos de uma pistola de 9 mm contra Gustavo.
Moradores da região ouviram vários tiros e, ao saírem de casa, viram o motoentregador caído ao chão. O Corpo de Bombeiros foi acionado para o local, mas Gustavo não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, as equipes policiais encontraram 11 cápsulas deflagradas, sendo uma munição intacta. Levantamentos iniciais realizados pela perícia constataram perfurações no braço direito e esquerdo, na cabeça, no rosto e outras duas nas costas, totalizando aproximadamente 12 entradas.
Após o crime, os autores fugiram e ainda não foram localizados. Imagens de câmeras de segurança, juntamente com o aparelho celular do motoentregador, foram recolhidas para as investigações. Equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) estiveram no local.











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