O tráfico de animais silvestres, conforme a corporação, se concentra a maioria em aves, especialmente papagaios.

Arrecadação em multas por tráfico de animais em MS aumentou 447% em 2019
/ Foto: Divulgação/PMA

Em 2019 a Polícia Militar Ambiental arrecadou R$ 799.000,00 em multas por tráfico de animais em Mato Grosso do Sul. O valor é 447% maior do que o arrecadado em 2018 [R$ 145.000,00]. 

O tráfico de animais silvestres, conforme a corporação, se concentra a maioria em aves, especialmente papagaios. 

No ano passado foram autuadas sete pessoas e apreendidas 345 aves, número 141,25% maior do que em 2018. Dessas aves apreendidas, 180 eram papagaios, 5 periquitos e 160 canários peruanos, estes apreendidos com uma corumbaense de 33 anos.  

No ano de 2018 foram autuados 8 traficantes e apreendidos ao todo, 143 animais, sendo: 141 papagaios, um sabiá e um coleirinho. 

Naquele período a quantidade foi 72% inferior a 2017, quando foram apreendidos ao todo 521 animais, sendo majoritariamente aves. Desses animais, 341 eram papagaios, 252 canários-da-terra, o que para a PMA não é muito comum, 2 periquitos, 4 maritacas, um azulão e 5 cardeais.

Em 2017 o total de multas aplicadas pela PMA chegou a R$ 290.000,00.

COMBATE 

Em Mato Grosso do Sul a PMA realiza operações preventivas, no sentido de evitar a retirada dos papagaios dos ninhos, ou prender os traficantes que tenham retirado poucas aves. Em 2018 e 2019 foram realizada operações conjuntas com o Ibama.

Trabalhos de informação e de Educação Ambiental que são realizados em áreas rurais são fundamentais, porque a principal estratégia dos traficantes é de aliciamento dos sitiantes e funcionários de propriedades rurais e assentados, para que retirem os animais e os avise para que os comprem. Muitas pessoas fazem isto, às vezes, sem saber que estão cometendo crime ambiental.

A região com maior índice de tráfico de animais é constituída pelos municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia, além de Naviraí e Mundo Novo. Nessa área, ninhos também são monitorados pelos policiais, para evitar a retirada dos filhotes, visto que essa é a preocupação maior devido o interesse desses criminosos nos animais ainda pequenos.

Eles optam por filhotes pois assim o aprendizado do animal em repetir a fala humana é altamente mais assertivo.

A base do trabalho é evitar a retirada dos animais, evitando custos à fauna e ao Estado, tendo em vista que a reintrodução dos filhotes na natureza exige alto investimento financeiro.