No dia 24 de janeiro, um dia após o óbito, a polícia iniciou investigações para apurar se assistente social foi vítima de negligência.

Há exatos 49 dias após a morte da assistente social Marcelly Almeida, família segue sem respostas. Mais um exame foi solicitado para constatar a causa do óbito. A vítima deixou o marido e duas filhas, de 11 e 14 anos.
Após dar entrada na Upa Coronel Antonino e vir a óbito, no dia 23 de janeiro, com dengue confirmada dois dias antes, o silêncio toma conta dos familiares que aguardam elucidação da investigação.
Em conversas com o Correio do Estado, o marido Thiago Lopes, 39 anos, ao ser questionado sobre o andamento do caso, resumiu a situação com um 'não sei nem o que falar'. Representando a família está a irmã de Marcelly, a advogada Fernanda Almeida, que relatou que o inquérito policial precisou ser estendido diante da falta do laudo atestando a causa da morte.
'O IP [Inquérito Policial] venceu dia 23/02, foi pedido dilação, pois o laudo ainda não estava concluído. A perita, solicitou exame anatomopatológico para complementar o laudo necroscópico', apontou a advogada.
'Nós precisamos aguardar o resultado do laudo, para saber os próximos passos para o deslinde do inquérito e, se for o caso, além da apuração da esfera criminal, averiguar a responsabilidade civil deste caso'.
Investigação
No início a investigação correu na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), precisamente no dia 24 de janeiro, durante coletiva de imprensa a delegada Joilce Silveira Ramos, informou que familiares da vítima, incluindo o marido haviam prestado depoimento.
O relato foi que Marcelly deu entrada na Upa Coronel Antonino em torno de 13h, com quadro de vômito, mesmo com a pressão arterial de 7/4 recebeu classificação amarela. Ela teria esperado até 15h quando passou mal e não resistiu.
Ainda conforme a delegada, a vítima tinha testado positivo para Dengue durante um exame feito no domingo, 21 de janeiro, a família denuncia negligência médica por imprudência e demora no atendimento.
Apuração interna
Após a morte de Marcelly, além da investigação policial, que é conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, para apurar eventuais falhas que podem ter causado o óbito da assistente social, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou um processo administrativo.
' A Secretaria está colaborando com a investigação da Polícia Civil e o processo administrativo segue em andamento internamente', diz a nota da Sesau.
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