Falta de energia ainda afeta abastecimento de água e comunicação dos moradores.
Os moradores da zona rural de Jaraguari, cidade a 55 km de Campo Grande, estão sem energia elétrica desde domingo (19), quando choveu na região. Esta é a segunda vez que isso acontece no prazo de dois meses.
Ao Correio do Estado, Pedro Henrique Barbosa, neto de um produtor rural afetado, afirmou que no Vale Verde, onde seu avô mora, são cerca de 12 famílias afetadas, além dos moradores do Velho Jaraguari, que também dependem do transformador que estragou durante a chuva.
Ainda de acordo com ele, além de ficarem sem eletricidade, os moradores acabaram ficando sem água, já que o abastecimento nas propriedades depende de bomba elétrica.
“O pessoal está sem água e precisam ir buscar no córrego que fica em uma área de uso comum. Além disso, tem os animais, que não bebem água há cinco dias”, afirmou.
Borges ainda relata que a concessionária de energia foi acionada, mas o problema ainda não foi resolvido, embora, sempre que contactada, a empresa afirma que tem uma equipe no local para restabelecer a energia.
“Meu avô mora em frente ao local onde fica o transformador e disse que não viu nenhuma movimentação e ainda estão sem energia”, contou.
A falta de energia fez com que muitos moradores perdessem a produção de leite e derivados, que necessitam de refrigeração para serem conservados.
Ronilda foi uma das afetadas e, de acordo com ela, a situação é terrível. Ela perdeu toda a fabricação de queijo, que acabou virando lavagem para alimentação dos porcos.
“Foi uma situação deplorável, fiquei em desespero porque não sabia o que fazer. Estamos sem energia desde domingo e a Energisa sempre fala que vem, mas não aparece”, afirmou.
Além do problema com o abastecimento de água e conservação de alimentos, alguns produtores rurais estão incomunicáveis, já que a internet chega por wi-fi, o que depende de eletricidade.
Segundo Pedro esta é uma situação recorrente especialmente quando chove e nas outras vezes em que o mesmo problema aconteceu, a concessionária demorou para resolver.
“Não sei se é falta de zelo pelo transformador ou a qualidade do trabalho, mas não pode chover que a energia acaba”, finalizou, apontando que da última vez o problema levou três dias para ser sanado.
A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Energisa e até o fechamento desta publicação não houve retorno.
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