Em reunião hoje (20) com representantes da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do governo do Estado de São Paulo com a Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifrútis do Estado de São Paulo (Aphortesp) sobre a possível lacração de bombas e restrição de uso da água nas lavouras houve a vitória da classe produtiva, o governo não irá mais tomar essa medida no campo, pelo menos neste momento.

A decisão foi anunciada de viva-voz pelo Secretario de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, à Aphortesp e aos representantes do legislativo, deputado federal Marcio Alvim e deputado estadual André do Prado, que vêm apoiando os pleitos da Associação junto ao Governo. Este recuo vem ao encontro dos apelos da Associação, que se posicionou e afirmou no encontro que medidas radicais de racionamento de água, como a lacração de bombas, eram vistas com muita preocupação, pois poderiam causar em média 65% de corte no quadro de Pessoal no campo e quedas da produção. “O governo contribuiu e analisou que caso essa medida fosse imposta haveria muitos prejuízos principalmente com pequenos produtores. Já atuamos de forma sustentável no campo reduzindo o consumo de água e contribuiremos para o enfrentamento da pior seca de todos os tempos em nosso Estado”, afirma Ricardo Rodrigues Lopes, presidente da Aphortesp.

Outras ações já foram sugeridas pela associação para o governo e que estão sendo analisadas como: ampliar linhas de crédito para o produtor rural, subsidiar outorgas e perfurações de poços artesianos, reduzir a carga tributária sobre acessórios de irrigação e implementos agrícolas, entre outros.

Boas práticas

Os associados da Aphortesp estão cientes que o uso consciente da água é fundamental para a perenidade dos negócios. Sendo assim já adotaram boas práticas para o uso da água na produção das lavouras, como por exemplo a capacitação dos produtores para manejo de irrigação; melhoria contínua nos sistemas de tubulação e bicos irrigadores ou em muitos casos a substituição de sistema de aspersão para sistemas por gotejamento ou micro aspersão que reduzem em média 30% o consumo de água. Além disso, já foram implementadas diversas melhorais no manejo como não irrigar em picos de calor para diminuir a evaporação e adoção da adubação verde, por exemplo.