Tavares & Soares foi contratada sem licitação por R$ 5,8 milhões em abril e contrato teve alteração pouco mais de um mês depois.

Alvo de operação, contrato com empresa que forneceu 60 mil cestas básicas sofreu aditivo
Policiais estão na manhã desta sexta-feira (21) em frente a empresa Farturão, em Campo Grande. / Foto: (Henrique Arakaki, Midiamax)

Alvo da Operação Penúria, desencadeada pela Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) nesta sexta-feira (21),

Em 6 de abril, a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) divulgou o contrato com a empresa no valor total de R$ 5.820.000, 00 de 60 mil cestas básicas, a serem distribuídas às famílias carentes do Estado. Os alimentos eram para enfrentamento da Covid-19.

Pouco mais de um mês, em 15 de maio, o contrato sofreu aditivo com número de 005/2020 e mudança na redação contratual, incluindo que a distribuição dos alimentos também seriam para além das famílias cadastradas no CaOnico, também para idosos em regime de abrigamento. 

Antes do aditivo ser divulgado, o deputado estadual Capitão Contar (PSL) em 1º de maio, denunciou nas redes sociais e também acionou o Ministério Público, de um possível superfaturamento feito pela compra com verba federal e sem licitação.

Nas contas feitas pelo deputado, ele afirmou que cada cesta básica custou ao governo R$ 97,00. 

Segundo a postagem do deputado, a equipe dele fez orçamento com os mesmos itens da cesta em diversos estabelecimentos, inclusive na mesma empresa contratada pelo governo e constatou que cada cesta de alimentos poderia custar até R$ 79,00. O parlamentar diz ainda que isso representaria uma economia de R$ 1.075.200,00

O parlamentar inclusive protocolou um requerimento na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) pedindo mais esclarecimentos ao governo sobre a compra, mas o pedido foi barrado pela maioria dos deputados.

As publicações nas redes sociais de Contar fizeram com que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) entrasse com prcocesso no TJMS (Tribunal de Justiça) contra o parlamentar por calúnia. 

Porém, o governador desistiu da ação pouco tempo depois.