A principal mudança é que ele deixa a cela e passa a cumprir pena em um alojamento coletivo. Primeira saída temporária, benefício do regime mais brando, deve ocorrer no Dia dos Pais.
Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, Alexandre Nardoni passou a primeira noite na ala do regime semiaberto após ter o benefício concedido pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. No regime mais brando, ele deixou uma cela e passa a cumprir pena em um alojamento coletivo.
Ele é interno da penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, desde 2008. A unidade é conhecida por abrigar presos de casos de grande repercussão - Cristian Cravinhos, condenado pela morte dos pais de Suzane; e Lindenberg Fernandes, que matou a namorada Eloá, cumprem pena no local.
Nardoni foi para a ala na quarta-feira (1º), dois dias depois da decisão da juíza Sueli Zeraik. O Ministério Público informou que vai recorrer.
O pavilhão onde o detento está agora é um galpão com beliches, onde todas os presos permanecem juntos.
'Saidinha'
Porém, a maior mudança no semiaberto é que Nardoni passa a ter direito às saídas temporárias - que somam um período de 35 dias por ano fora da prisão. Ele também pode trabalhar fora da unidade e retornar à noite.
Na nova ala, conforme previsto na lei de execuções penais, Alexandre vai cumprir um prazo de 30 dias para ser autorizado à deixar a penitenciária pela primeira vez - com isso, ele não sai na próxima saidinha, no dia 7 de maio, para o Dia das Mães.
A saída dele é prevista para o Dia dos Pais. Na ocasião, será a primeira vez em que ele e a esposa deixam a prisão juntos para cumprir o benefício. Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e também condenada pelo crime, tem direito às saídas temporárias desde 2017.
Defesa
O advogado de Alexandre Nardoni, Roberto Podval, foi procurado pelo G1 e não quis comentar o assunto.
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