A Alemanha ofereceu ao Brasil um lote de tanques Leopard 2A6 que foram recusados pela Ucrânia, de acordo com o portal brasileiro Tecnologia & Defesa (T&D), citando fontes do Exército Brasileiro (EB).

Alemanha oferece ao Brasil tanques Leopard, dos quais a Ucrânia se recusou a adquirir, diz mídia brasileira
A Alemanha ofereceu ao Brasil um lote de tanques Leopard 2A6 que foram recusados pela Ucrânia, de acordo com o portal brasileiro Tecnologia & Defesa (T&D), citando fontes do Exército Brasileiro (EB). / Foto: AP Photo / Fabian Bimmer

De acordo com a publicação, o governo alemão planeja disponibilizar um lote de 65 tanques Leopard 2A6, além de 78 viaturas blindadas de combate de fuzileiros Marder 1A5, provenientes dos estoques estratégicos do Exército Alemão.

O portal informa ainda que, após transferências de equipamentos para a Ucrânia, o Exército Alemão mantém atualmente em seus depósitos cerca de 18 tanques Leopard 2A5 modernizados e 68 unidades da versão 2A6 originais.

Estas últimas, de acordo com a reportagem, são as que estão sendo oferecidas ao Brasil. O T&D afirma que, segundo suas fontes, os ucranianos teriam recusado esses tanques específicos, embora não haja confirmação oficial sobre o assunto.

O artigo do T&D levanta uma série de objeções à aquisição. Os principais pontos críticos são o custo elevado, os desafios logísticos e o aumento da dependência do fornecedor alemão.

"O contrato vigente não prevê a utilização de componentes da Base Industrial de Defesa (BID), gerando dependência externa para sua manutenção e enorme dificuldade de se utilizar componentes nacionais", destaca a reportagem.

A publicação ressalta que a dependência de suprimentos da Alemanha pode causar problemas a curto prazo, citando como exemplo restrições anteriores impostas pelo governo alemão a setores de defesa do Brasil.

O custo de aquisição também é apontado como uma questão problemática: o preço da proposta seria de aproximadamente 15 milhões de euros (cerca de R$ 92,7 milhões) por cada Leopard 2A6 e 10 milhões de euros (cerca de R$ 61,8 milhões) por cada Marder, valores que não incluem o suporte técnico e a manutenção.

A Rússia assegura que o fornecimento de armas à Ucrânia impede a resolução do conflito ucraniano, bem como envolve diretamente os países da OTAN neste conflito, além de ser um "jogo arriscado".
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já declarou que qualquer carga com armamentos para a Ucrânia se tornará um "alvo legítimo" para as forças russas. O Kremlin, por sua vez, afirmou que o abastecimento militar ocidental à Ucrânia não contribui para as negociações e terá um efeito negativo.