No entendimento do relator, contudo, as ações de Eduardo configuram apenas o “exercício de crítica política, plenamente protegido pela imunidade material”.

Agora: Relator vota por arquivamento de processo de cassação de Eduardo Bolsonaro
No entendimento do relator, contudo, as ações de Eduardo configuram apenas o “exercício de crítica política, plenamente protegido pela imunidade material”.

O deputado federal Delegado Marcelo Freitas (União-MG) votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do processo que pode cassar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O presidente do Conselho de Ética, deputado Fabio Schiochet (UNIÃO / SC) concedeu vistas ao caso, que terá de passar por votação na comissão.

Apresentado pelo PT, o pedido pede a cassação de Eduardo pela atuação dele nos EUA que teria motivado, entre outras coisas, sanções do país contra o Brasil na taxação de 50% a produtos exportados aos EUA.

“Qualquer tentativa de imputar quebra de decoro sob alegação de atentado contra as instituições, constitui extrapolação interpretativa, desconsiderando a função mediadora da imunidade e da liberdade de expressão”, prosseguiu Freitas.

Para o relator, a representação do PT parte de uma premissa “equivocada” de que Eduardo seria o responsável pelo tarifaço.

“O raciocínio é factualmente insustentável e juridicamente improcedente, pois confunde atos de Estado soberano com manifestações individuais de natureza politica”, alegou o relator.

Conforme Freitas, a ação dos EUA em taxar o Brasil é um ato de soberania e o “foro adequado” para lidar com a situação seria por intermédio das relações exteriores, e não cassando o mandato de Eduardo, que continua nos EUA.