As investigações da Aeronáutica sobre o acidente que matou o presidenciável do PSB e ex-governador Eduardo Campos, em agosto do ano passado, concluíram que falhas do piloto levaram à queda do avião Cessna, em Santos, litoral sul paulista. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.Não foi encontrado indício de falha técnica do avião. A caixa-preta do jato que levava o político não registrou as últimas duas horas de voo e não foi utilizada nas investigações.

Ainda de acordo com a publicação, entre os erros do piloto Marcos Martins estão falta de treinamento para o modelo de aeronave e uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida. Martins abortou o pouso, arremeteu bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomendações do fabricante do avião, o que acabou levando à “desorientação espacial”.

Na conclusão da Aeronáutica, nos últimos segundos de voo, o avião embicou em um ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o piloto Martins acelerasse o Cessna enquanto acreditava que subia, quando na verdade voava em direção ao solo.

No dia 13 de agosto, o avião com Campos, que cumpriria agenda de campanha em Santos, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de janeiro, em direção ao Guarujá, e caiu em uma área residencial de Santos. Não houve sobreviventes. Além de Campos, estavam na aeronave o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (staff da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha. O acidente que matou o presidenciável aconteceu no mesmo dia da morte do avô dele Miguel Arraes.