A falta de medicamentos e insumos também atinge o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o colapso na saúde de Campo Grande ameaça até o socorro de vítimas de acidentes.

Adriane deixa Samu sem adrenalina e ameaça socorro às vítimas de acidente, alerta Defensoria
Eni Maria, da Defensoria Pública, cobrou prefeitura e deve ir à Justiça para tentar evitar uma tragédia.

A gestão de Adriane Lopes (PP) deverá deixar o atendimento de urgência sem adrenalina. O alerta é da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que deu 24 horas para a administração municipal apresentar um plano de emergência.

O órgão vem se somar a outros alertas da tragédia iminente no sistema público de saúde da Capital e que vem sendo ignorado por políticos, autoridades e pelo Ministério Público. O primeiro veio da Santa Casa de Campo Grande, de que pacientes internados correm risco de vida em decorrência da falta de materiais.

O segundo veio do CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), que alertou à população e as autoridades de que faltam remédios e insumos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Centros Regionais de Saúde. O órgão federal alertou para o iminente colapso no atendimento de urgência e emergência.

Agora, a Defensoria divulgou nota em que alertou para a falta de adrenalina as viaturas do SAMU. “A falta desse insumo é extremamente preocupante, especialmente em um período reconhecido pelo aumento de casos de infartos e outras intercorrências cardíacas. Toda a população está vulnerável: desde usuários do SUS até autoridades e integrantes do poder público. Isso indica possíveis mortes evitáveis”, alertou a coordenadora DO Núcleo de Atenção à Saúde da Defensoria Pública, Eni Maria Severino Diniz.

A chegada das festas de fim de ano também eleva o número de acidentes de trânsito e tentativas de homicídios. Adriane deixou a Capital a uma situação gravíssima, que o cidadão, logo após ligar para o Samu, vai ter que se deslocar até uma farmácia para comprar medicamentos e kits de socorro porque a administração municipal não teve competência de garantir o abastecimento.

“O aumento expressivo na busca por medicamentos, muitos deles de atenção básica que não são de alto custo, evidencia que a rede pública não está conseguindo dar conta das demandas essenciais da população. As unidades de pronto atendimento e os Centros Regionais de Saúde estão completamente desabastecidos de insumos básicos, medicamentos e materiais necessários para assistência”, afirmou a defensora, reforçando o alerta do CRM/MS.

“Não se trata de construir agora um planejamento novo. Um plano já deveria existir, pois a aquisição de medicamentos não ocorre da noite para o dia. Basta informar. Caso não haja resposta ou se o que for apresentado não for minimamente aceitável, a Defensoria irá avaliar medidas jurídicas emergenciais, inclusive acionando o Ministério Público do Estado”, explicou a defensora.

“Não podemos e não vamos permanecer inertes diante desse grave quadro da saúde pública. Nosso papel é garantir que o ente público apresente alternativas viáveis e imediatas para proteger a população”, garantiu Eni Maria.

Saúde não tem gestor
Apesar do caos e colapso na saúde, Adriane Lopes deixou a Secretaria Municipal de Saúde sem titular desde setembro. Missionária da Assembleia de Deus Missões, a prefeita não tem mostrado sensibilidade nem empatia com o sofrimento do campo-grandense.

E diante do colapso, Adriane começa a contaminar todos os aliados, vereadores, deputados e outros aliados com a impopularidade. A situação é gravíssima. Durante evento com jornalistas, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, definiu o sentimento popular, de que a situação de Campo Grande é caso perdido.

Nas ruas, a principal pergunta, é até quando vão permitir a continuidade dessa gestão mambembe e caótica? Até quando?