Menos de 48 horas após anunciar sua pré-candidatura à Presidência e o mercado reagir com a maior queda do Ibovespa em 4 anos Flávio Bolsonaro parece ter voltado atrás.
No domingo, o senador afirmou que sua pré-candidatura à Presidência em 2026 pode ser retirada só que com algumas condições.
“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso... Eu só vou falar amanhã (segunda-feira).”
Flávio Bolsonaro
Mas o senador não esperou até hoje para falar qual a sua condição. Em entrevista à Record, ele declarou:
“Meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, nesse momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta.
Nos bastidores, o recado é entendido como um empurrão para que avance o projeto de anistia aos condenados pelo STF pelos atos golpistas, o que beneficiaria diretamente seu pai.
Flávio cobrou abertamente que Câmara e Senado pautem o tema ainda esta semana, dizendo querer que “o pau cante no voto”.
A estratégia por trás
Pense que Flávio, dentre os nomes ventilados na direita, é o que menos teria forças para derrotar Lula pelo menos é o que indica essa pesquisa. Mesmo assim, sua candidatura atrapalharia os planos do Centrão, que desejam Tarcísio ou Ratinho Jr.
Assim, ter Flávio na disputa seria uma forma de forçar uma negociação com o Centrão. O senador poderia sair da briga pelo Planalto em troca de acordos seja a anistia do seu pai ou o nome dele como vice em uma chapa com Tarcísio, o qual chamou de “o principal cara do nosso time”.
Ao que tudo indica, Flávio está sendo mais utilizado como um “ativo de barganha” do que como a figura que representará Bolsonaro e a direita nas eleições do ano que vem. No fim, a disputa não é só sobre 2026, mas também sobre o futuro do Bolsonaro.











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