4 dicas que vão ajudar você a escolher o concurso certo para fazer

Foco, determinação e disciplina são algumas das características que devem fazer parte do perfil de um concurseiro. No entanto, não adianta querer atingir um objetivo qualquer sem saber, de fato, qual atividade está alinhada com seu perfil. Visando meramente o dinheiro, as chances de ser um profissional frustrado e prestar um péssimo serviço à sociedade são grandes.

Aqui no Administradores.com compartilhamos a ideia de que a carreira pública precisa ser vocacionada e que o espírito empreendedor deve prevalecer. Acreditamos que somente essa visão vai garantir a excelência dos serviços públicos.

Conversamos com alguns especialistas e reunimos aqui as melhores dicas de cada um para auxiliar você a escolher a melhor carreira pública a seguir:

1. Encontre um sentido além do objetivo em si

Sim, é preciso que a sua escolha tenha uma importância que vá além de um objetivo pontual e raso como “passar em um concurso a qualquer custo”. Segundo Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo, “a falta de relevância, falta de foco e autossabotagem são reflexos dos erros comuns que as pessoas cometem. Se começamos algo que não é importante de fato, que não tem uma real importância, mais cedo ou mais tarde iremos desistir”.

Para o especialista é preciso existir um sentido que justifique a escolha por esse ou aquele concurso. “Quando começar algo, pense na relevância além do objetivo, ou seja, você não está fazendo um simples concurso, você está garantindo sua a realização profissional”, afirma Barbosa.

2) Prefira cargos na sua especialidade

Apesar da alta procura por concursos para formados em quaisquer áreas, Alexandre Vasconcellos, diretor do CEAV, afirma que eles podem não ser tão vantajosos para o candidato e cita um exemplo: “temos a área fiscal que oferece salários iniciais bastante atrativos, mas que por traz disto possui uma grande cilada para o concurseiro que está iniciando seus estudos, por serem concursos que cobram as mais diversas disciplinas e a maioria delas são estranhas à formação desse candidato. Assim sendo, a probabilidade de um insucesso é grande”, afirma Alexandre.

Já se o candidato escolher concursos dentro de sua formação específica, o especialista declara que a chance de ser aprovado na primeira tentativa, desde que tenha havido uma preparação de pelo menos 6 meses, é considerável. Sendo assim, Vasconcellos reitera que é preciso ter cuidado na hora de decidir o cargo a ser disputado. “A escolha do cargo é de suma importância, pois como podemos ver , alguns deles necessitam de bastante experiência e conhecimento e para o concurseiro iniciante isso é uma situação perigosa que requer atenção”, explica.

3) Só faça mais de um concurso se for em áreas correlatas

Seguindo um princípio semelhante ao da escolha de cargos dentro da área em que se é especialista, fazer concursos em áreas relacionadas é o ideal para aumentar as chances de uma aprovação. “É vantajoso estudar para provas de vários concursos desde que sejam de áreas correlatas, por exemplo, concursos na área do direito, concursos na área da saúde, pois o conhecimento adquirido e a experiência de cada prova vai se somando com o passar do tempo e será uma questão de tempo para sua aprovação”, esclarece Heverson do Valle, diretor do Concurso Cartório.

Já fazer concursos como quem atira para todos os lados não dá em nada. Para Alexandre Vasconcelos “fazer diversos concursos ao mesmo tempo em áreas que não são afins, é muito perigoso, pois fará com que ele tenha que se preparar em diversos assuntos que por vezes não são correlatos e com isso não irão acumular conhecimentos para a realização do próximo certame”.

4) Respeite seu tempo

Não adianta estudar num ritmo exaustivo de horas seguidas, sem pausa. Isso não faz com que você aprenda mais e pode até deixá-lo doente. Além do mais, por mais que se queira algo, é fundamental que isso desequilibre sua vida. “Cada pessoa é diferente e possui limites diferentes. Não podemos esquecer que o cérebro, como os músculos do corpo, precisa ser condicionado para melhor se desenvolver. Logo, a quantidade e a qualidade dos estudos precisam ser gradativas e sempre voltadas a fazer melhor hoje do que foi feito ontem, ensina Phillip Gil França, coordenador de cursos do Concurso de Cartório.

Já o tempo que deve ser dedicado aos estudos varia para cada indivíduo, como explica Alexandre Vasconcelos. “Caso ele seja um “profissional do concurso” ou seja, só estude, durante o dia deve ser dedicado pelo menos uma 9 horas de estudos que poderão ser divididas em 3 horas por turno: manhã , tarde e noite. Caso o concurseiro seja uma pessoa que possui dupla jornada, ou seja, trabalha e estuda, umas 3 horas diárias de dedicação é um bom tempo”.