" PEC 55 é a esperança para sair do caos ", dizem senadores de MS
"A PEC sozinha não fará milagres mas é a primeira a estancar a a sangria ", diz Simone Tebet (PMDB).

Para os senadores de Mato Grosso Sul, a aprovação da PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição) que limita os gastos públicos é a alternativa para que o País pare de gastar mais do que arrecada. Os três parlamentares de MS estão entre os 53 senadores que votaram favoráveis a emenda, aprovada nesta terça-feira (13) já em segundo turno e que começa a vigorar em 2017.

"Ruim com ela, pior sem ela", justificou a senadora Simone Tebet (PMDB) sobre seu voto favorável. "Sem a PEC o governo continuaria gastando mais do que tem, e gastando mal. Agora terá de gastar bem o pouco que tem. Não vai ter obra superfaturada. Não terá ponte de concreto enquanto não tiver remédio no posto de saúde", avaliou a senadora, lembrando que o rombo dos cofres públicos chega a R$ 170 bilhões.

A opinião é dividida pelo colega de Senado e partido, Waldemir Moka. "Não é um voto que demos com alegria. É um ajuste, num momento difícil em que o País chegou após 13 anos de administração do governo anterior", disse, ressaltando que em algum momento seria preciso limitar gastos e "a única forma de fazer isso é por meio dessa PEC". Para o peemdebista, o Governo e o Congresso terão condições de eleger as áreas prioritárias, como saúde e educação.

Já o senador Pedro Chaves (PSC) explicou ao Campo Grande News que seu voto também foi favorável à PEC após analisar a situação do País, com um PIB (produto interno bruto) negativo em - 3,8% e uma situação difícil deixada por Dilma (Rousseff). "Havia 39 ministérios, muita gente contratada, isenção de impostos como IPI que prejudicaram a arrecadação", reclamou. "Estouraram todos os tetos de gastos, criou-se um desequilíbrio muito grande e não há recurso que chegue", finalizou Chaves.

Saúde e educação - Os três parlamentares acreditam que medida não prejudicará os investimentos nas áreas prioritárias, especialmente saúde e educação, e sim restringir e impor limites aos gastos nas demais áreas.

Durante a tramitação no Senado a matéria provocou discussões entre a oposição e a base de apoio ao governo. Segundo os apoiadores da medida, o teto de gastos é necessário para o ajuste fiscal e não vai prejudicar os gastos sociais. Para a oposição, a PEC impedirá investimentos públicos, agravará a recessão e prejudicará principalmente os mais pobres, ao reduzir recursos em áreas como educação e saúde.

A PEC 55 limita os gastos do Governo pelos próximos 20 anos, com possibilidade de revisão somente a partir do décimo ano de vigência. A expectativa é seja promulgada já nesta quinta-feira (15). Antes de chegar ao Senado, a PEC também foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados.

" PEC 55 é a esperança para sair do caos ", dizem senadores de MS
" PEC 55 é a esperança para sair do caos ", dizem senadores de MS