O ex-governador enviou mensagens via Whatsapp para lideranças do PT nesta terça-feira.

O ex-governador Zeca do PT enviou diversas mensagens para lideranças do PT, nesta terça-feira (3), afirmando que é pré-candidato a deputado estadual pelo partido. O comunicado extra-oficial sinaliza que Zeca está confiante que sua situação jurídica pode mudar até a data das convenções, de 20 de julho a 5 de agosto.
O deputado estadual Pedro Kemp confirma que recebeu a mensagem do companheiro de partido. Ele explica que o Zeca havia colocado seu nome à disposição do partido para disputar o cargo de governo, mas por conta da inelegibilidade e risco de prejudicar a legenda, acabou declinando da pretensão. Em seu lugar, o partido escolheu Giselle Marques para a disputa.
Segundo Kemp, o ex-governador está confiante que sua situação jurídica possa mudar até o final de maio, isso porque advogados dele entraram com pedido de liminar no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) pedindo absolvição com base na primeira decisão do processo.
"O Zeca entrou com recurso e está procurando resolver essa situação. Ele decidiu liberar o partido para não atrasar a discussão sobre o governo e não prejudicar o debate. Nesse sentido nós já estamos com o nome da Giselle. Agora, recebi essa mensagem e eu acredito que, se ele conseguir essa liberação na Justiça, deve concorrer a estadual. Até porque ele não vai retroceder e ocupar o lugar da Giselle. O Zeca pode fortalecer a nossa chapa e ser um puxador de voto pela inserção grande que tem no interior."
No entanto, segundo o parlamentar, o PT só deve liberar a candidatura de Zeca, se houver completa certeza de que ele está de fato elegível. "Não podemos perder votos, e correr o risco de serem anulados como aconteceu em 2018 com o João Grandão. Os advogados do Zeca entraram com uma petição no STJ e temos esperança que seja concedida uma liminar de forma monocrática, de forma positiva."
O processo
Zeca do PT ainda aguarda a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre o recurso da defesa. A ação foi gerada após denúncia do Ministério Público Estadual em 2008 sobre suposto esquema de desvio de dinheiro público por intermédio de empresas de publicidade durante sua gestão. A ação ficou conhecida como “farra da publicidade”.
A problemática em todo o processo foi gerada após a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, inocentar o ex-governador das acusações, e posteriormente o Tribunal de Justiça de MS acatar recurso do MP, e reformular a sentença de primeira instância condenando Zeca do PT por improbidade administrativa. Por conta da decisão, o petista perdeu direitos políticos e ficou inelegível.
Por conta das decisões ambíguas, o processo foi parar no STJ e está sendo analisado pelo relator, desembargador Benedito Gonçalves.
Em 2018, Zeca do PT conquistou liminar na Justiça Eleitoral com base na decisão da 1ª Vara de Direitos Difusos e conseguiu concorrer ao Senado. Porém, perdeu as eleições.
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