Perda de protagonismo do PSDB pelo país tem levada a "revoada" de lideranças para outros partidos em busca de fortalecer disputa em 2026

O deputado estadual José Roberto Teixeira, conhecido como Zé Teixeira (PSDB), demonstra que está de “malas prontas” para mudar de partido durante a janela partidária, em abril de 2026. A declaração acontece após a “revoada” de lideranças do ninho em Mato Grosso do Sul diante da perda de protagonismo da sigla em todo país e, consequentemente, de recursos para bancar campanhas eleitorais.
“Acho que é um desgaste muito grande, uma loucura ficar em um partido em extinção no país, mas não tem fundo partidário, não tem nada. Se tiver fundo partidário, seria só para deputado federal. Eu nunca recebi um centavo de fundo na minha conta particular, na minha campanha como deputado, com os meus recursos próprios”, afirmou Zé Teixeira.
O deputado compartilha da critica feita pelo colega de bancada, deputado estadual Pedro Arlei Caravina, sobre o partido priorizar as campanhas para deputado federal. Caravina, inclusive, disse que tem sido informado pela imprensa sobre os rumos do ninho e criticou a falta de convite aos deputados estaduais para participarem da reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, na última segunda-feira (18).
“A [diretoria] nacional é focada nos federais porque a bancada federal é que comanda o fundo partidário. Nós aqui mendigamos para o Governo, mendigamos para o deputado federal e senador. Agora, até abril tem muita coisa pra acontecer. Primeiro, que no meu ponto de vista de leigo, na política, é que a possível candidatura à presidente da República é que vai definir muitas coisas sem decidir”, analisa Zé Texeira.
A maioria dos deputados aguarda a chegada da janela partidária, em abril, para decidir em qual partido irá disputar as eleições em 2026.
Rumos do PSDB
O PSDB procura alianças após perder força em todo o país. A sigla que governou o Brasil entre 1995 e 2002, com Fernando Henrique Cardoso, vê atualmente o esvaziamento do ninho e a perda de protagonismo. A federação entre PSDB e Cidadania rendeu apenas 18 deputados federais e nenhum senador em 2022, o pior desempenho do PSDB.
A sigla contava com três governadores. Restava apenas Riedel no ninho tucano, mas ele oficializou a ida para o PP nesta terça-feira (19). Os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco) migraram para o PSD.
De acordo com Perillo, na última segunda-feira (18), há tratativas para uma federação entre PSDB, Republicanos e MDB, que pode sair no segundo semestre deste ano. O presidente nacional do ninho quer fortalecer o partido nos estados em que há possibilidade de eleger bancada, como em Mato Grosso do Sul.
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