Evaldo Carlos de Souza foi preso em flagrante durante operação da PRF, pagou fiança e foi liberado no mesmo dia.

Voltando da fronteira no fusca azul, secretário é preso por embriaguez
No canto direito falando no microfone, Secretário de saúde de Mundo Novo participa de sessão da Câmara Municipal em março. / Foto: Divulgação/Prefeitura

O secretário municipal de saúde de Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande, voltava de fusca azul da fronteira entre Brasil e Paraguai para Mundo Novo quando foi surpreendido por operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), na noite de sábado (15). Depois de falar que havia bebido “4 garrrafas long neck”, conforme o registro policial”, foi preso em flagrante por dirigir embriagado.

A prisão ocorreu durante operação de controle de embriaguez da PRF no posto da Receita Federal na BR-163, na saída para a linha de fronteira entre a cidade de Mundo Novo e a cidade paraguaia Salto del Guairá.

Segundo registro da Delegacia de Polícia Civil de Mundo Novo, Evaldo foi informado de que não precisaria realizar o teste alcoolemia – conhecido popularmente como teste do bafômetro – mas foi voluntário.

Segundo a polícia, o teste resultou em 0,63 mg/l e dessa forma, ele foi preso em flagrante. O relato policial afirma que o secretário colaborou e acompanhou os policiais até a delegacia. Após determinação da fiança, pagou R$ 1 mil e foi liberado.

Por telefone, Evaldo negou a prisão ao dizer que pagou a fiança e foi liberado no mesmo dia. O secretário disse que a “confusão” ocorreu porque realizou a viagem como um favor para “uma senhora que é deficiente visual” e que “às 5h do domingo (16) já estava participando de mutirão de limpeza”.

“A prisão não existiu, eu cheguei a pagar, mas não fiquei detido, fui prestar um favor, essa senhora é deficiente”, disse.

O prefeito da cidade, Valdomiro Sobrinho (PR) disse, também por telefone, “não ter ficado sabendo”. “Você que está me informando”, comentou.

Só uma cerveja – O último caso de agente público a cair em blitz da lei seca foi em Campo Grande, em dezembro. Deputado estadual, Pedro Kemp (PT) voltava de uma festa, para casa, no Bairro Carandá Bosque, quando foi abordado por policiais militares de trânsito no dia 7 de dezembro.

Ao lado da esposa, ele parou, não aceitou passar pelo teste do bafômetro e acabou perdendo a CNH (Carteria Nacional de Habilitação). Pedro disse que saía de um aniversário quando foi abordado na operação. Como havia bebido "uma cerveja", resolveu recusar o bafômetro, justificou, à época.