“Ela estava fora de si, assumiu que fez, falou que queria dar um susto”, disse Luis Pedro Scalise sobre atitude de vizinha.

Vizinha reclama de abandono e põe fogo em casa que já foi do Papai Noel
Jardim foi destruído pelas chamas. / Foto: Henrique Kawaminami

Vizinha do escritório do arquiteto Luis Pedro Scalise, moradora da Rua Roberto Perez colocou fogo no imóvel, que ficou parcialmente destruído. A casa, na Rua Roberto Perez, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, já abrigou a famosa Casa do Papai Noel, aberta para visitação pela última vez em 2017.

A edição anterior havia sido em 2005 e foram 12 anos de espera até que o arquiteto, conhecido por assinar projeto suntuosos na Capital, decidisse decorar o espaço novamente. Na última vez, ele utilizou alguns dos materiais utilizados são inusitados: Foram 1,5 tonelada de chocolate numa sala, 2,5 mil litros de groselha, 100 kg de pipoca, 100 kg de bala, marshmallow, além dos clássicos do natal como fitas, pinheiros, luzes e muitos lustres.

A moradora da casa ao lado reclama que há muito tempo, porém, a residência está abandonada e afirmou aos bombeiros, que foram ao local para combater as chamas durante a madrugada, que “não suportava mais tanto mosquitos e escorpiões vindo da residência”.

Luis Pedro nega. Ele afirma que ainda utiliza o local como escritório e que vai ter problemas para receber clientes e tocar projetos em andamento, mas não falou em cobrar a vizinha. Ele contou ainda que foi avisado sobre o incêndio pelo gerente do Grous Bar, a “ninho gigante” localizado na Rua Antônio Mari Coelho cujo projeto também foi assinado pelo arquiteto, que ia embora para casa depois de fechar o estabelecimento.

“Ela estava fora de si, assumiu que fez, falou que queria dar um susto. Tomara que ela se restabeleça e fique bem. Graças a Deus o gerente viu e conseguiu chamar os bombeiros, se não pegaria fogo na casa toda”, contou o Scalise.

No boletim de ocorrência, a equipe da PM (Polícia Militar) acionada para a ocorrência relatou que a mulher aparentava ter consumido álcool. Ele foi levada para prestar esclarecimentos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) o Centro. Na frente da residência foi recolhido um galão com óleo de cozinha, material que teria sido usado para provocar a chamas.

Hoje, um segurança foi colocado no local e um funcionário do arquiteto espera a chegada da perícia.

Parte do portão ficou queimada e plantas que decoram a frente do local. De um pinheiro, sobrou só o tronco, tamanha a altura das chamas.