
Nilza Aparecida da Silva, de 36 anos, volta a apelar ao jornal DouradosAgora por ajuda para sustentar a família. Ela tem quatro filhos e cuida de dois sobrinhos pequenos aos finais de semana, já que a mãe deles tem problemas de saúde, conta Nilza.
Ela sofre com sequelas de um acidente no trânsito. Um condutor de 18 anos que, segundo ela, falava ao celular, teria invadido a preferencial na Rua Monte Alegre. Nilza e o filho de 14 anos ficaram feridos.
A mulher perdeu o movimento do braço direito e depende de cirurgia, agora na clavícula. Sofreu fraturas e, por conta disso, corre o risco de até perder os dentes. "Estou tomando morfina, receitada pelo médico, e não passa a dor no braço", conta.
A doméstica, que não consegue trabalhar, não tem nem gás para preparar o almoço. Falta muita coisa, na casa. "Eu tenho até vergonha de pedir. Queria passar pela cirurgia e voltar a trabalhar", diz Nilza que esteve na redação do DouradosAgora em companhia do filho que completou 15 anos.
Nilza, que vive numa pequena casa no local conhecido como "favelinha", na região Canaã I, com o restante da família, precisa de alimentos em geral, roupas, remédios e gás, além de apoio para quitar contas de água, luz e aluguel (R$ 250/mês) de um cadeirante que também precisa do dinheiro para pagar a pensão das filhas. "Estou desesperada, se não conseguir ajuda, vou para a beira da estrada num barraco de lona".
Nilza diz, ainda, que esse cadeirante que aluga a pequena casa para ela, caiu de uma árvore e ficou deficiente. Ela faz um apelo por fraldas geriátricas para o vizinho.
Ela também pede brinquedos, mesmo velhos, que pretende reformar e doar às crianças da rua dela, antes do Natal. "Todo ano eu faço isso, mas agora estou sem força", explica.
A família vive de aluguel numa casa de três cômodos no bairro Canaã I mas, como Nilza não pode trabalhar devido a problemas no braço e clavícula desde que se acidentou de moto em fevereiro deste ano, as contas estão atrasadas e, sem condições de comprar alimentos, ela apela por ajuda da sociedade.
No início do ano, Nilza procurou o Dourados Agora, época do acidente. Recebeu ajuda, passou por cirurgia no braço, porém sofre dores até hoje e nova cirurgia deverá ser feita, agora na clavícula. "O procedimento é de urgência, mas como está demorando procurei o Ministério Público", disse.
O menino mais velho, de 16 anos, chegou a ajudar Nilza nos últimos meses. O rapaz também fazia bicos, porém adoeceu. O filho do meio, de 13 anos, sofre de cardiopatia, e a caçula, de 10, tem epilepsia. Os dois últimos frequentam escola, local onde recebem a principal alimentação do dia.
O pai dos quatro filhos está doente sem chance de cura, diz Nilza que não pode contar com ajuda dele. Ela busca também uma chance de trabalho como, por exemplo, cuidadora em hospitais.
Ajuda
Interessados em ajudar, podem entregar donativos na casa de Nilza, à rua projetada A, quadra D, lote 2, no Canaã I. A casa fica na rua debaixo da praça. O telefone de Nilza é o 9665-6393.
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