A jovem havia sido intimada para o julgamento, mas por conta da gravidez foi dispensada e não era obrigada a acompanhar o júri.

"Vim para honrar a memória do meu filho e fazer justiça por ele", resume Thayelle Cristina Bogado dos Reis, de 23 anos, mãe do menino Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de 2 anos, morto afogado pelo próprio pai e ex-companheiro da jovem, Evaldo Christyan Dias Zenteno.

Por volta das 8h45 dessa quarta-feira (25) começou o julgamento de Evaldo. Ele matou Miguel em setembro de 2019 e na época confessou o crime dizendo que matou o filho para se vingar de Thayelle pelo término do relacionamento deles.

Thayelle está grávida de 9 meses, do segundo filho, Ravi, fruto de um novo relacionamento. O parto está previsto para o começo de setembro. Ela veio de Aquidauana para acompanhar o julgamento e chegou amparada pela família, pai, mãe e irmão.

A jovem havia sido intimada para o julgamento, mas por conta da gravidez foi dispensada e não era obrigada a acompanhar o júri. "Tá sendo muito difícil pra nós estarmos aqui, emocionalmente falando, mas estamos aqui pra pedir justiça. O minimo que a gente espera é a pena máxima", disse abalada.

No braço, uma tatuagem marca o amor pelo primeiro filho. A homenagem trás a imagem de mãe e filho, unidos pelo abraço e pelo afeto. Junto aos traços, o nome de Miguel foi eternizado também na pele. "Tive a oportunidade de recomeçar com um novo companheiro, mas todos os dias eu vivo pela memória e sorriso do Miguel. Ele tá vivo na gente e é assim que vou levando meus dias", finalizou Thayelle.

Acusação - Benedicto Arthur de Figueiredo, assistente de acusação e advogado que representa a família de Thayelle espera que o Evaldo seja condenado por homicídio triplamente qualificado, já que Miguel foi morto por meio cruel, sem chances de se defender e por motivo fútil.

"É um crime terrível, em interrogatório o réu confessou o crime, a mãe do Miguel está extremamente abalada, é um peso que ela vai levar pro resto da vida, que jamais vai sair, por isso esperamos a condenação por homicídio triplamente qualificado"