Após análise de dados do Ministério Público do Rio de Janeiro, juiz vê indícios de atividade criminosa envolvendo o filho do presidente da república.

Vereador Carlos Bolsonaro é citado como chefe de organização criminosa

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), afirma ter verificado "indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado" e que "Carlos Nantes [Bolsonaro] é citado diretamente como o chefe da organização”. Afirmação veio na decisão em que autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), após análise de dados do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).

O juiz escreveu ainda que "da leitura dos autos do procedimento declinado, apura-se, facilmente, que se encontram presentes indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado para prática de crimes". O juiz afirma ainda que "Carlos Nantes é citado diretamente como o chefe da organização, até porque o mesmo efetua as nomeações dos cargos e funções comissionadas do gabinete”.

O gabinete de Carlos Bolsonaro é alvo de investigação da 3ª PIP (Promotoria de Investigação Penal) sobre a existência da prática de rachadinha, entrega ilegal de salários dos assessores, e da nomeação de "funcionários fantasmas”.

Procurada pelo portal de notícias UOL, a defesa de Carlos Bolsonaro não se manifestou até o momento. Em declarações anteriores sobre a investigação, Carlos Bolsonaro negou que tenha cometido qualquer ilegalidade: "Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem”.