Na segunda-feira (18), na Rua São Paulo, vila Angélica na cidade de Jardim, a cachorra que atende pelo nome de Belinha saiu correndo para perseguir um gato que passou na rua, quando o vereador Felipe Carlos Argemon Pereira, 52 anos, passava de carro pelo local e acabou atropelando o animal. A fatalidade virou confusão e caso de polícia porque, segundo os donos do animal, o parlamentar, conhecido como "Curipa", negou-se a socorrer o bicho e foi embora.

A dona diz que o bicho foi arrastado pelo veículo e mesmo assim o vereador não prestou socorro. “Esperei ele se manifestar, levei minha cachorra ao veterinário, pois ela ficou com a pele muito machucada, e no dia seguinte fui procurá-lo na Câmara, onde ele me ofendeu com palavrões e me tratou de forma muito grosseira”, diz Kleiziane Andréa de Moraes, 33 anos, professora, dona de "Belinha".

Segundo Kleiziane, o vereador costuma passar sempre pelo local em alta velocidade após sair do bar. “Fiz uma postagem no Facebook onde peço para as pessoas ao verem ele sair do bar e ir dirigir, que imediatamente acionem a polícia militar”, diz.

O que o vereador diz

Pereira, ao ser procurado, admitiu atropelado a cachorra, mas alegou não ter ficado para socorrer o animal pois estava com pressa para ir a um compromisso. “Sim, atropelei, mas não arrastei a cachorra como ela diz. A cachorra ficou embaixo do carro apenas", contou.

O vereador também diz ter sido ofendido pela moça e nega ter ofendido. “Ela me mandou uma mensagem no Whatsapp, e ai que fiquei sabendo do atropelamento, e disse que arcaria com as despesas, mas ela foi me procurar na Câmara e ficou fazendo escândalo. Se ela tivesse ido com educação, mas chegou lá com brutalidade”, alegou.

Ambos registraram boletim de ocorrência por injúria, e segundo o investigador da 1º Delegacia de Polícia Civil de Jardim, Veimar Gonçalves, que foi quem atendeu o vereador, ambos tiveram audiência marcada para o mês de maio, mas por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, não será aberto inquérito, e sim TCO (termo circunstanciado de ocorrência) e encaminhado para o judiciário.

“O vereador se sentiu ofendido, após a postagem no Facebook. Foi quando procurou um advogado e resolveu registrar o B.O”, afirmou Veimar.