Equipes da polícia Civil e Militar estiveram no local fazendo o rescaldo do que sobrou do carro.
Um veículo GM/Ônix, encontrado incendiado em meio a uma plantação de soja na altura do km 1,5 da rodovia MS-040, na saída para Santa Rita do Pardo, já na zona rural da região sul de Campo Grande, na tarde desta sexta-feira, dia 16 de novembro, pode ter sido o veículo usado por atiradores para executar o empresário do ramo de mineração Cláudio Simão, 47 anos, no Jardim Bela Vista, bairro nobre da região central da Capital, em crime ocorrido na noite da última quarta-feira (14).
Imagens de câmeras de seguranças obtidas pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e que foram cedidas ao jornal Correio do Estado, mostram o exato momento em que um homem desce de um Ônix cinza e atira com uma pistola calibe 9 milímetros . O filho, de 22, também foi baleado e está internado em estado grave. Um amigo da família foi atingido pelos estilhaçoes.
Um fazendeiro da região foi o responsável pela localização do veículo, que sofreu tentativa de incêndio, mas não foi destruído completamente pelas chamas.
Equipes das polícias Civil e Militar estiveram no local fazendo o rescaldo do que sobrou do carro.
O CRIME
As imagens, obtidas através de câmeras da própria casa do empresário, que atua em Corumbá, e também de vizinhos, mostram o exato momento em que o Ônix dos atiradores encosta. A caminhonete do empresário está parada esperando pela abertura do portão eletrônico automático. Segundo testemunhas, ele vinha do aeroporto e estava no banco de passageiro. Seu filho é quem dirigia. O relógio marca 23h48.
Com calma, o atirador desce e efetua diversos disparos, mostrado pelos clarões nas imagens. Um comparsa dirige o veículo, que arranca em alta velocidade após o crime. Simão levou ao menos 13 tiros
Ele estava sendo processado por dívida de R$ 40 milhões. Simão era um dos proprietários da Mineradora Pirâmide Participações Ltda de Corumbá.
Após Simão ser processado, um de seus três filhos pagou o valor em cheque, porém o documento foi devolvido porque não tinha fundos. O autor executou o cheque extrajudicialmente e a oficial de Justiça, no dia 9 de outubro de 2018, chegou a ir na casa da vítima, mas sem sucesso, pois, de acordo com o responsável pela entrega, Simão fingiu que não estava em casa. "Esta Oficial suspeita que ambos estavam na residência e se ocultam deliberadamente para não serem citados", diz trecho do documento de execução de título.
Simão foi condenado a pagar a dívida no prazo de três dias. O valor poderia ser parcelado em seis vezes, acrescidas de correção monetária pelo índica do IGPM-FGV e juros de mora de 1% ao mês. Conforme informado no processo, a Justiça tentou penhorar bens da vítima, mas, não encontrou imóveis em seu nome.
Na ação, o autor justifica que precisa receber o valor porque é referente a herança que seu falecido pai deixou para sua mãe.
De acordo com o delegado Antônio de Souza Ribas, plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro, os executores estavam em um veículo Onix cinza. A polícia já definiu uma linha de investigação sobre qual seria a motivação, mas optou por não divulgar detalhes neste momento, para não atrapalhar o inquérito.
Ainda segundo o delegado, o empresário havia acabado de voltar de uma viagem de negócios do Rio de Janeiro.
Outras três pessoas foram executadas de forma semelhante em Campo Grande neste ano, como Ilson Martins Figueiredo, de 62 anos, Marcel Costa Hernandes Colombo, 31, e Orlando Silva Fernandes, 41. O acúmulo dessas ocorrência fez com que a Polícia Civil criasse uma força-tarefa de investigação.











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