Empresa garantiu que está suspendendo trabalho de forma temporária e de apenas dos colaboradores neste momento.

Usina diz que não vai demitir e manterá operações em Ivinhema e Angélica

A Usina Adecoagro que tem unidades em Angélica e Ivinhema informou hoje que está suspendendo apenas parte dos contratos de trabalho, mas não vai demitir e manterá a produção das plantas de etanol no Estado. Segundo a empresa, estão sendo feitos ajustes neste tempo de menor consumo de etanol e tomadas medidas de biossegurança para manter a saúde dos trabalhadores. A informação foi repassada pelo secretário de Estado de Produção Jaime Verruck.

A direção da empresa garantiu ao Governo do Estado que não haverá demissões. “Deixamos claro que não haverá demissões e nem o fechamento das unidades. O que ocorre é a suspensão temporária dos contratos de trabalho de uma parcela mínima dos nossos colaboradores, conforme prevê a medida provisória 936 e em sintonia com o sindicato que representa a classe trabalhista” afirmou a empresa ao Governo.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, as usinas colocaram o “grupo de risco dentro da MP do Governo federal e a outra parte estão ajustando as linhas de produção . Ele ressalta ainda que diante da crise gerada pela pandemia, a Adecoagro tomou tomadas diversas providências, como a substituição de serviços terceirizados por mão de obra própria, suspensão de investimentos, além de mudanças operacionais em suas usinas, sendo que a suspensão dos contratos de uma pequena parcela dos trabalhadores é apenas mais uma delas. ”.

Safra - O cenário de redução nas operações nas usinas de etanol ocorre segundo Verruck, em um momento que o setor está iniciando uma safra de cana. “Isso nos preocupa porque temos uma queda de consumo do etanol diante da redução no preço do petróleo e consequentemente queda da gasolina. Ou seja é um consenso que tendo gasolina barata o consumidor não vai optar pelo etanol neste momento. Com isso, não haverá espaço para produção de etanol e armazenamento, O que nos preocupa”, alertou o secretário.

Diante deste cenário, o Governo tem alinhado ações com a Associação de Produtores de Bioenergia de MS (Biosul) para conseguir superar este período. “Primeiro as usinas não estão vendendo , então certamente vão ter que alongar a safra. Mas então poderemos ter problema de estocagem, por isso estamos buscando soluções junto ao Governo federal”, salientou.