Vítima foi morta por dizer que pertencia ao Comando Vermelho.

Trio do PCC que decapitou, amputou pernas e arrancou coração de rival vai a júri
Imóvel onde o crime ocorreu. / Foto: Arquivo

Será julgado na próxima quinta-feira, trio da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) que executou rival no dia 16 de agosto de 2017, em Campo Grande. D. R. da S. F., U. de O. R. e W. F. de S. amarram Fernando do Nascimento em uma cadeira, o torturam e em seguida o decapitaram, amputaram suas pernas e arrancaram seu coração. O crime foi motivado porque a vítima, supostamente, estava ligada ao CV (Comando Vermelho).

O julgamento tem início a partir das 8 horas, no Fórum Heitor Medeiros, no Jardim dos Estados. De acordo com o processo, o crime teria acontecido na casa do denunciado Danilo, traficante de drogas. A vítima foi até a residência dele adquirir entorpecentes, momento em que foi indagado se pertencia a alguma facção criminosa, respondendo que fazia parte do Comando Vermelho.

No local iniciou-se uma discussão sobre as facções rivais. Em seguida, a Fernando teria sido encarcerado e amarrado a uma cadeira e, em diversos momentos, obrigado a pedir desculpas aos membros do PCC. De madrugada, Fernando teria sido levado ao banheiro da casa e novamente amarrado a uma cadeira para que fosse morto.

Segundo a acusação, Danilo determinou que Wellington filmasse a ação e que Ueslei matasse a vítima, entregando-lhe uma arma branca. O executor iniciou o corte do pescoço da vítima e, em seguida, Danilo tomou para si a faca e continuou cortando, batendo com o instrumento a fim de quebrar o osso e decapitar Fernando. Além disso, ambos teriam cortado as pernas da vítima e retirado seu coração.

Os acusados teriam também planejado ocultar o cadáver, uma vez que enrolaram as partes da vítima em uma coberta e, de prévio acordo, resolveram que Danilo, na companhia de um terceiro indivíduo não identificado, levassem a vítima dentro de um veículo até um local ermo na Rua Engenheiro Paulo Frontim, no Bairro Los Angeles, em Campo Grande.

Diante dos fatos, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida pronunciou os réus por homicídio qualificado, motivo torpe e meio cruel, cárcere privado, ocultação de cadáver e associação criminosa.