Após depoimento como testemunha, ela desapareceu.

Travesti mentiu sobre álibi e se tornou suspeita de matar vendedor com 14 facadas

A Polícia Civil procura pela travesti que tinha um envolvimento amoroso com o vendedor Valério Encina, assassinado com 14 facadas, no dia 18 de abril no Jardim Leblon, em Campo Grande. A travesti teria mentido em depoimento.

Segundo o delegado Edmilson Holler, outras testemunhas que prestaram depoimento afirmaram que viram a travesti no local do crime, o que contradiz a informação prestada por ela na delegacia de que estava em uma festa de aniversário no momento em que Valério foi assassinado com 14 facadas.

Holler ainda falou que agora tenta encontrá-la para confrontar a versão dada por ela, na época. Ainda segundo o delegado, a linha de investigação de crime passional foi descartada e agora a polícia trabalha com tentativa de roubo seguida de morte. O sigilo bancário de Valério foi pedido para a Justiça e a polícia aguarda a autorização.

Valério foi assassinado com 14 facadas no tórax, rosto, braço e pescoço. Antes de ser assassinado, o vendedor havia saído por volta das 4 horas da madrugada de sexta-feira (18) para comprar bebidas alcoólicas não retornando para casa. Câmeras de segurança de uma farmácia, que fica na rua Clineu Moraes da Costa gravaram o momento em que Valério já ferido perde o controle do carro e sobe na calçada.

Um motorista de aplicativo que passava pelo local e achou a situação estranha acionou o Corpo de Bombeiros ao ver a vítima ferida no interior do veículo, um Ford Fiesta. Após ser acionada, a polícia verificou que documentos pessoais, carteira e bens de valor encontravam-se no veículo, sendo descartada a hipótese de roubo.