Traficantes trocam tiros com DOF, mas são presos com 900 quilos de maconha
Policial do DOF observa Cruze com maconha, interceptado na MS-289. / Foto: Divulgação/DOF

Dois traficantes foram presos na região de Amambai, a 360 km de Campo Grande, depois de trocarem tiros com policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) para tentar fugir com um GM Cruze carregado de maconha. A apreensão ocorreu no final da manhã desta quarta-feira (9), mas só foi divulgada nesta quinta pelo serviço de comunicação do departamento, que tem sede em Dourados. O carro estava lotado com 900 quilos da droga.

Foram presos Cleberson Vasques Acosta, 20, morador em Coronel Sapucaia, e o paraguaio Derliz Gonzales Escurra, 19. Eles estavam no Cruze branco, roubado em Goiânia no dia 9 de outubro deste ano. O carro usava placa “fria” de Campo Grande e no porta-malas foram encontradas outras duas placas falsas.

De acordo com o DOF, a dupla seguia pela MS-289, que liga Coronel Sapucaia a Amambai, quando o carro foi interceptado na barreira policial. Armados com um revólver calibre 32, os dois acusados atiraram na equipe e chegaram a atingir o para-brisa da viatura. Quando tentavam fugir do cerco, os policiais atiraram no carro e acertaram os pneus.

Sem balas, o revólver usado pelos traficantes foi jogado para fora do carro em movimento. Com o veículo sem condições de rodar por estar com os pneus estourados, os dois rapazes foram abordados e presos.

A polícia chama essa estratégia de tráfico de “cavalo doido”. Pessoas contratadas pelos verdadeiros donos da droga se arriscam nas estradas com carros lotados de maconha, até sobre os bancos, na esperança de não encontrar a polícia. Caso contrário, fogem em alta velocidade e abandonam o veículo. Mas desta vez não deu tempo para a fuga.

Cleberson foi atingido de raspão na cabeça por um dos disparos feitos pelos policiais. Depois de ser levado ao hospital de Amambai, para curativo, ele e o comparsa foram encaminhados para a delegacia da cidade e autuados por tráfico de drogas, tentativa de homicídio, desobediência e direção perigosa. Os dois contaram que tinham sido contratados em Coronel Sapucaia para levar a droga até Dourados e que receberiam R$ 5 mil pelo serviço.