Atendente não conhecia CNH digital e tentou dispensar o jovem.
INSS coleciona reclamações, e após a falta de internet para atendimento, uma leitora denunciou que o filho foi ao local para realizar uma perícia médica e, inicialmente, teve a carteira de habilitação digital recusado pela atendente, que exigia um documento físico sob ameaça dele ter de reagendar.
"Meu filho foi ao INSS porque tinha uma perícia marcada e, ao chegar lá, apresentou a CNH Digital, mas não aceitaram porque disseram que só validariam um documento físico. Como assim? Documento digital é um documento válido do próprio governo, e eles não aceitaram. Disseram que não tinha como validar o documento. Não dá para acreditar numa situação dessas", conta Marleize Leite do Nascimento Scriptore, 46 anos.
Ela afirma que além de propor que o rapaz fizesse reagendamento da perícia, a má vontade da atendente em resolver o problema é uma das frustrações com a Agência da Previdência. "Ele passou por cirurgia no mês de julho e até agora não conseguiu receber pelo período que ficou afastado da empresa".
Insistiu e conseguiu
Marleize orientou o filho a permanecer na agência e insistir que o documento digital era válido.
"Falei para ele não desistir. Ele tem o direito de ser atendido. Eles até chegaram a alegar que não tinham leitor de QRCode para fazer a validação do documento, mas ele bateu de frente com o pessoal e pediu para falar com o gerente, pediu nome e matrícula dos atendentes. Até que, após muita confusão, conseguiu ser atendido."
Ela destaca que uma pessoa menos instruída pode ficar sem o atendimento pela falta de vontade dos funcionários. "Se é uma pessoa que não tenta mais por falta de instrução, ia ter que remarcar a perícia, sabe Deus pra quando. Tudo isso por falta de informação e mau atendimento".
O filho da Marleize de 27 anos explicou que os funcionários tentaram impedir o atendimento.
"Por conta da pandemia fazem a chamada lá na frente. Eles pediram o documento, eu tirei o celular do bolso e mostrei pelo app do governo. Mas ele disse que não aceitava porque o perito ia pedir documento de papel e não teria como. E a gente ficou naquela discussão até que ele chamou o gerente. Eu disse que não ia sair de lá sem a solução, e que não ia perder o dia. Todos que me atenderam se assustaram e disseram que eu fui o primeiro a apresentar o documento digital".
Ele diz que os funcionários não queriam realizar o atendimento, mas foram confrontados, já que o app é do governo federal. "Todos que me atenderam lá se assustaram. Eles disseram que nunca fizeram atendimento com digital. Tentaram alegar possibilidade de fraude, mas eu disse que o reconhecimento é facial e que o app foi desenvolvido pelo governo federal. Aí ficaram sem palavras e resolveram".
O INSS
O caso sobre a recusa de documento digital foi encaminhado a assessoria de comunicação do INSS. Quando houver resposta será inserido no texto.
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