Tomate sobe 46,83% e puxa cesta básica em Campo Grande, diz Dieese

O preço do tomate subiu 46,83% em Campo Grande em janeiro e teve contribuição significativa para a alta de 6,21% do valor da cesta básica na cidade no mês, que passou dos R$ 388,47, registrados em dezembro, para R$ 412,61, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (16), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Conforme a entidade, o hortifrutigranjeiro foi o produto que contabilizou a maior alta na capital de Mato Grosso do Sul em janeiro, entre os itens que compõem a cesta básica, e creditou isso ao fato de fortes chuvas nas regiões produtoras prejudicaram a safra, o que reduziu a oferta a provocou o incremento de preço. Depois aparecem a batata, com 23,22%, o feijão com 17,10%, o açúcar, com 10,29% e o óleo, com 7,24%.

Dos 13 produtos que fazem parte da cesta, nove registraram alta no mês passado. Apenas quatro contabilizaram retrações de preço. A banana caiu 5,83%, o pão francês 5,74%, o leite 1,38% e o arroz 1,18%.

Com o valor apurado pelo Dieese, Campo Grande terminou janeiro tendo a nona cesta básica mais cara entre as 27 capitais do país. No mês o consumidor gastou R$ 24,14 a mais para comprar a mesma quantidade de produtos que adquiriu em dezembro, devido a elevação de preço dos produtos.

O departamento apontou ainda que para adquirir a cesta básica individual, o trabalhador que recebe um salário mínimo, R$ 880, comprometeu 50,96% de sua remuneração liquida (R$ 809,60 ao descontar os 8% da Previdência Social), o que foi equivalente a 103 horas e 9 minutos de trabalho.

Já o custo da cesta básica familiar, com uma quantidade de produtos para atender quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), seria de R$ 1.237,83, um valor R$ 72,42 maior que o de dezembro.

O Dieese também calculou que o valor que o salário mínimo deveria ter para atender uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes o valor atual.