Senadora por MS assinou pedido da oposição contra o ministro Alexandre de Moraes

Tereza diz que obstrução foi ‘gesto para o diálogo’ e cobra votação de impeachment
Senadora por MS assinou pedido da oposição contra o ministro Alexandre de Moraes / Foto: . (Jefferson Rudy/Agência Senado)

A senadora por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), disse que a obstrução das Casas de Leis em Brasília foi necessária para oposição dialogar. “Foi preciso fazer um gesto para que a gente fosse ouvido e o diálogo fosse retomado”, afirmou nesta quinta-feira (7). Assim, cobrou a votação do pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

“Participei ativamente das conversas que garantiram tanto a retomada das votações, quanto o compromisso de que as pautas importantes para o país, defendidas pelos nossos eleitores, serão analisadas”, disse a senadora.

Então, destacou que a oposição cobrará a votação. “Não abriremos mão disso, seja para ganhar ou perder”, pontuou. O pedido de impeachment acontece após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Desocupação
A oposição desocupou a Senado e Câmara após quase 48h de protestos. O movimento começou com parlamentares usando fitas para cobrir as bocas e terminou após convocação de sessão no Senado.

Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União- AP), disse que não aceitará intimidações. “O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu andamento”, publicou em nota.

Por outro lado, a oposição apontou maioria absoluta na coleta de assinaturas do pedido de impeachment de Moraes. No total, 41 parlamentares assinaram a solicitação, entre eles dois senadores de MS: Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD).

Contudo, mesmo com o número, não há previsão no regimento que obrigue o presidente do Senado a instaurar o processo. 

Impeachment
O senador Cid Gomes (PSB-CE), afirmou na última quarta-feira (6) que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre não deve pautar o impeachment contra o ministro do STF.

Logo, o senador disse que essa é uma das alternativas encontradas pelo presidente do senado para encerrar a mobilização feita por aliados de Jair Bolsonaro, na mesa diretora do Senado.