"A questão das terras indígenas, a Constituição, em suas disposições transitórias, estabeleceu um prazo de cinco anos para a demarcação das terras indígenas e isso nunca foi feito. Levou-se um tempo enorme para que se fizessem as demarcações e, hoje, ainda processam-se demarcações. Nos vamos tomar conta disso. Vamos tentar solucionar esse problema. E quando digo isso, não é para agredir a nação indígena, ao contrário, é, mais uma vez, para dar estabilidade social ao país". Essas foram as palavras de Temer para a bancada ruralista. De acordo com alguns parlamentares de nosso Estado, Temer se comprometeu a dar a anuência para novos debates a respeito de três temas que incendiam o Brasil há muitos anos: as regras para a demarcação de terras indígenas, as regras de licenciamento ambiental e a autorização de compra de terras por estrangeiros.
O grande argumento encetado pelos ruralistas é a existência de uma grande insegurança jurídica no país que impede o avanço do agronegócio. São temas que precisam ser discutidos e resolvidos há anos. Esse encontro foi mais uma sinalização de Temer para o mundo empresarial. Especialmente para os fazendeiros. Afinal, eles compõe uma bancada de mais de 240 parlamentares. É importante relembrar que tramitam no Congresso duas propostas de Emendas à Constituição que tratam do tema "terras para indígenas": uma prevê indenização para os proprietários rurais que tiverem suas terras demarcadas e a segunda, transfere para o próprio Congresso Nacional a responsabilidade de realizar as demarcações.
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