Caso ocorreu em 2012 e causou comoção mundial. Vítima acabou morrendo. Réus tentaram apelar a instância superior, mas esta manteve pena capital.

Suprema Corte indiana mantém pena de morte para estupradores que atacaram mulher em ônibus
Mukesh Singh, um dos condenados pelo estupro coletivo na Índia, em entrevista à cineasta Leslee Udwin na prisão / Foto: Divulgação/Filha da Índia

Suprema Corte da Índia na sexta-feira confirmou as penas de morte contra quatro homens que estupraram uma mulher a bordo de um ônibus em 2012, um crime que provocou muitos protestos e chamou a atenção internacional sobre a violência contra as mulheres no país. A vítima acabou morrendo. Um painel de três juízes rejeitou o apelo em nome dos réus, que serão executados.

No dia 16 de dezembro de 2012, a estudante de medicina Jyoti Singh foi estuprada e atacada por cinco adultos e um menor de idade após embarcar em um ônibus com um amigo após sair do cinema, em Nova Déli.

O rapaz foi espancado e não pôde ajudá-la enquanto ela era atacada. Segundo a imprensa indiana, ela foi atacada com uma barra de ferro durante a violência sexual. Depois do crime, os dois foram jogados para fora do veículo. Doze dias depois, a Jyoti morreu devido a ferimentos internos gravíssimos.

Cinco adultos e um menor de idade foram detidos. Um deles morreu na prisão, em um aparente suicídio, enquanto os demais adultos foram condenados à morte por enforcamento.

O caso provocou uma onda de indignação no país, onde as vítimas de estupro e agressão sexual lutam para ter justiça. Após o caso, as autoridades aprovaram uma legislação mais rígida para os crimes sexuais e introduziram a possibilidade de pena de morte para os estupradores que tenham provocado a morte de suas vítimas.