Carnes não tinham procedência e estavam fora da data de validade. Local também não tinha autorização para fabricar produtos embutidos.

Supermercado é interditado e tem 800 kg de alimentos impróprios para consumo apreendidos
Vigilância Sanitária apreendeu carnes sem procedência em supermercado / Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um supermercado foi interditado nesta terça-feira (5) e 800 kg de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos durante uma fiscalização, em Goiânia. Entre os produtos estavam carnes sem procedência, fora do prazo de validade e mal acondicionadas. O local também tinha uma fábrica de embutidos que não tinha a autorização necessária para funcionar.

“Tivemos dificuldade para acessar, porque o dono tentou nos intimidar, dizendo que não poderíamos entrar porque ele era da Agrodefesa. Nas nossas investigações, verificamos que ele não tinha autorização para funcionar como indústria de produção de embutidos”, disse a auditora da Vigilância Sanitária, Tânia Agostinho.

Na panificadora, havia sujeira, produtos vencidos, e caixas de pães que seriam descartadas. No pátio, debaixo do sol, estavam fardos de refrigerantes.

“Eu nunca vi tanto descaso com o consumidor como nessa denúncia. Não tem condições nenhuma de funcionar. Todos os produtos do supermercado mal acondicionados, fora dos padrões de consumo”, disse o superintendente do Procon, José Alício de Mesquita.

O G1 não conseguiu localizar os responsáveis pelo Supermercado Gentil, interditado pela Vigilância Sanitária, até a publicação dessa reportagem.

O estabelecimento foi interditado por tempo indeterminado e os responsáveis vão responder por crimes contra a saúde pública e contra as relações de consumo.

“É um risco ao consumidor que está acreditando que está comprando um produto de boa qualidade”, disse o delegado Rodrigo Godinho.
Os produtos apreendidos serão levados para o aterro sanitário, onde serão descartados.

“Só vai poder ser desinterditado quando ele fizer um projeto arquitetônico que atenda as especificações sanitárias”, disse a auditora da Vigilância Sanitária.