Ministro destacou gravidade dos crimes praticados pelo conselheiro

STJ prorroga por mais um ano afastamento de Chadid do TCE-MS por corrupção
Ministro destacou gravidade dos crimes praticados pelo conselheiro / Foto: Conselheiro Ronaldo Chadid está afastado do TCE-MS por corrupção (Reprodução)

Réu por lavagem de dinheiro, o conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Ronaldo Chadid continuará afastado da Corte de Contas por mais um ano. A decisão é do ministro do STJ, Francisco Falcão, publicada nesta quarta-feira (13).

A decisão atende a pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) de manter Chadid afastado até o encerramento da ação penal. “Persistem os motivos que deram causa à decretação das cautelares, notadamente o afastamento do denunciado do cargo, como forma de preservar a reputação, a credibilidade e a imagem da Corte de Contas”.

Conforme o ministro, é essencial manter o afastamento do conselheiro do cargo. “Além do risco para a instrução processual, destaca-se a gravidade das condutas imputadas ao acusado RONALDO CHADID impedem o seu retorno ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, do qual supostamente se valia para a prática de crimes”, destacou Falcão.

Réu por lavagem de dinheiro
No dia 7 de agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou denúncia e tornou Ronaldo Chadid e a assessora Thais Xavier réus por lavagem de dinheiro. A Corte Especial do STJ decidiu pela manutenção do afastamento de Chadid das atividades e uso de tornozeleira eletrônica – somente para Chadid.

Relator do processo, o ministro Francisco Falcão manteve o voto por tornar réus os investigados.

Ainda, os ministros mantiveram as medidas apenas para o conselheiro. O relator propôs a manutenção das cautelares em relação aos dois acusados, por unanimidade, prevaleceu em relação ao acusado Ronaldo Chadid.

Desde dezembro de 2022, até o momento, o conselheiro segue afastado do TCE-MS, bem como Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves. Os três também usam tornozeleira eletrônica desde a Operação Terceirização de Ouro.

Chadid alegou ‘dificuldades diárias’ e tentou reaver salário de R$ 98 mil
O Órgão Especial do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou mandado de segurança impetrado pelo conselheiro afastado por corrupção do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), Ronaldo Chadid, para tentar voltar a receber salário bruto de R$ 98 mil.

O pedido foi negado por unanimidade por 10 desembargadores do colegiado, já que dois não participaram do julgamento. Dessa forma, ‘enterraram’ de vez a tentativa de Chadid em reaver adicionais de função que lhe foram tirados após o STJ determinar seu afastamento.