A Casa branca anunciou hoje o início de demissões de funcionários que participam do "shutdown" uma paralisação geral de serviços federais dos EUA, iniciada em 1° de outubro.

Shutdown: Trump inicia demissões em massa em meio à paralisação
tupungato/Getty Images/iStockphoto. / Foto: White House, nos EUA.

Russell Vought, diretor do departamento de gestão e orçamento da Casa Branca, disse na rede social X que "os RIFs [a redução de força de trabalho] começaram". Em resposta ao post, a Federação Americana de Empregados do Governo disse que moveu uma ação judicial contra os cortes.

Como está o impasse

Shutdown começou por falta de consenso sobre gastos com seguros-saúde. Por lei, o Orçamento deveria ter sido votado até 30 de setembro, para valer no ano fiscal que começou no dia seguinte. Os democratas bloquearam a proposta orçamentária da Casa Branca para pressionar o Executivo a renovar os subsídios da Lei de Assistência Médica Acessível, conhecida como Obamacare, que reduz os gastos com saúde de parte da população. Os republicanos consideram o programa caro e desnecessário.

Trump atribui culpa aos democratas e já fez cortes bilionários de verbas em redutos do partido como forma de pressão. Em diversas cidades onde o Partido Democrata é forte, como Chicago e Nova York, o presidente fez cortes em setores importantes, como transporte público e energia limpa.

Paralisação gera insegurança política e econômica. Com o "shutdown", muitos setores deixam de operar, como órgãos de pesquisa econômica. Dessa forma, índices de empregos e inflação, por exemplo, deixam de ser atualizados, privando o Fed (banco central) da sua principal ferramenta para decidir o futuro das taxas de juros e causando maior incerteza nos mercados e para a população.