Foram encontradas imagens de abuso sexual infantil no celular do acusado., que está preso na Capital.

Sete inquéritos por abuso sexual são instaurados contra fonoaudiólogo
Foram encontradas imagens de abuso sexual infantil no celular do acusado., que está preso na Capital. / Foto: Alex Machado/TV MS Record

Foram instaurados sete inquéritos contra o fonoaudiólogo, Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 29 anos, que atuava em uma clínica particular na rua 25 de Dezembro, em Campo Grande (MS). Ele foi preso no dia 09 de Março e teve a prisão convertida em preventiva após uma criança, de 8 anos de idade, denunciar o abuso sexual em seu consultório.

Segundo a delegada Fernanda Félix da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), foram confirmados sete abusos sexuais contra as crianças e um dos inquéritos já foi finalizado. "Com a repercussão do caso, o número de denúncias aumentaram as possíveis vítimas dos abusos sexuais. Todas as vítimas são meninos".

Durante as investigações, após a quebra do sigilo telefônico do acusado, foi encontrado no aparelho celular, imagens de abuso sexual infantil. Os vídeos não eram produzidos por ele, mas são imagens que ele tinha no celular. Desta forma, ele será investigado e irá responder também pelas gravações.

O fonoaudiólogo é de outro Estado e, durante os meses que estava morando na Capital, atendeu 142 crianças e não deixava que os pais dos menores de 8 anos de idade, participassem das consultas dos pequenos.

Ainda de acordo com a delegada, as famílias foram chamadas para serem ouvidas, mas apenas 38 compareceram na Delegacia. O caso segue sendo investigado para DEPCA.

O caso – Um fonoaudiólogo foi preso em flagrante na tarde de quarta-feira (09) após uma criança, de 8 anos de idade, denunciar abuso sexual em seu consultório que fica localizado na rua 25 de Dezembro, em Campo Grande (MS). Autor passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva nesta quinta-feira, 10 de Março, na Delegacia Esp. de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

A equipe do Diário Digital conversou com o advogado da família, Silvio de Almeida que relatou que o pequeno fazia tratamento com o profissional no período de 5 meses. "Na terça-feira (08), a criança questionou seu irmão mais velho, de 10 anos, se era normal o "fono" tocar em suas partes íntimas (órgão genital masculino). O irmão que também ja havia feito terapia, no entanto com outra profissional, respondeu que não, ou seja, não é normal e aconselhou a criança que contasse para os pais".

O irmão mais velho juntamente com o pequeno, contaram para os pais no mesmo dia. Sabendo da situação, os pais ficaram revoltados. Neste momento, a mãe da criança já sabia que o filho teria consulta com o fonoaudiólogo e instruiu o pequeno, que se caso o autor fizesse alguma coisa com ele dentro do consultório, era para ele [criança] sair correndo e gritando.

Por volta das 15h, na quarta-feira (09), a criança foi acompanhada da mãe e de uma tia para a terapia. Após 15 min de atendimento, o pequeno saiu correndo da sala do profissional e dizendo que o autor teria passado a mão em seu órgão genital masculino por baixo de sua roupa. Os outros pacientes que estavam no local, viram a situação e acionaram a Polícia Militar.

Em seguida, a mãe da vítima entrou na sala e disse para o profissional: "como você tem coragem de fazer isso com uma criança?". O autor apenas negava o crime, dizendo que não tinha feito nada com o pequeno.

A Polícia Militar ao chegar no local, deu voz de prisão e o fonoaudiólogo foi encaminhado para Delegacia. Durante audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (10), teve a prisão convertida em preventiva. Conforme informações do advogado da família, o autor é de outro Estado e, mora apenas seis meses em Campo Grande.

O profissional irá continuar preso e o caso foi registrado como estupro de vulnerável na DEPCA.