O caso dele não é único, pois cerca de 5 mil crianças morrem e cerca de 120 mil são hospitalizadas todos os anos em decorrência de incidentes.

Sesi abre inscrições para curso obrigatório de primeiros socorros nas escolas

A história de Lucas Zamora, que morreu ao se engasgar durante uma excursão da escola, resultou na lei que torna obrigatória a capacitação de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino para atuar em situações de emergência.

Por essa razão, o Sesi reforça a importância do comportamento seguro e mobiliza esforços para mudar esta realidade. A instituição desenvolveu o curso de primeiros socorros nas escolas, que é voltado a professores para, por meio de aulas teóricas e treinamentos práticos, capacitá-los a atuarem diante de situações de emergência. A primeira turma de 2019 está com inscrições abertas e professores interessados já podem garantir uma das vagas, que são limitadas.

As aulas são presenciais e serão realizadas nos dias 7 e 8 de fevereiro, das 18 às 22 horas, na Faculdade do Senai de Campo Grande. Para se matricular, basta ligar no 0800 723 7374 e seguir as orientações e receber outras informações sobre os documentos necessários. É possível pagar a taxa de inscrição no dia do curso, em dinheiro ou com cartão de débito.

Os professores que cumprirem devidamente a carga horária das 8 horas do curso receberão um certificado do Sesi, atestando que o estabelecimento de ensino atua em conformidade com a lei que os professores e funcionários estão preparados para identificar e agir preventivamente até que o suporte médico chegue ao local.

“O conteúdo programático do nosso curso atende 100% dos aspectos previstos na legislação e, a escola cujo os professores receberem o treinamento, passará a atuar legalmente. Trata-se de uma necessidade para o estabelecimento de ensino, já que a capacitação agora é obrigatória, e também para o profissional, que, além de saber agir em situações de risco, poderá concorrer em concursos públicos, que já estão exigindo a certificação”, detalhou o gerente do Sesi de Campo Grande, Helton Leal.

Lei Lucas

Em outubro de 2017, Lucas Begalli Zamora de Souza morreu depois de engasgar com um cachorro-quente durante uma excursão da escola, no município de Cordeirópolis (SP). O caso chamou a atenção para a realidade de instituições de ensino do Brasil afora - segundo dados da ONG Criança Segura, menos de 1% dos estabelecimentos de educação infantil contam com funcionários capacitados para agir em situações de emergência.

Desde o ocorrido, a mãe do menino, Alessandra Begalli, atua para tornar lei a obrigatoriedade da capacitação de professores e funcionários das escolas. Por causa do trabalho, a Lei Federal nº 13.722/2018, de 04 de outubro de 2018, foi batizada de “Lei Lucas”.