Nomes antigos e novos cantores em ritmos diferentes nas imediações do Bairro

Sertanejo universitário, raiz e muito pagode agitam o cenário musical na grande Coophasul
Nomes antigos e novos cantores em ritmos diferentes nas imediações do Bairro / Foto:  Eliel Dias/ Jornal Midiamax

 A série de reportagens realizada pela equipe do Jornal Midiamax descobriu muitas curiosidades nas imediações do Coophasul. Desde moradores mais antigos, casarões, comércio agitado à noite com várias opções para comer, piscina gigante ‘olímpica’ e muito mais. E, é claro, como na maioria dos Bairros, também localizamos muitos artistas, que foram entrevistados especiais para o Programa Fala Povo, que estreia justamente na região do grande Coophasul.

De acordo com Kald (o Alan), que forma dupla sertaneja com Rebert, são aproximadamente 20 duplas na região. “Por aqui, temos um celeiro de artistas, muita gente da música é ou saiu daqui do nosso Bairro e região, como Índio (da dupla com Ralf), Marco Antonio e Gabriel”.

Ele lembrou que, ali no Coophasul, antigamente funcionava também a Editora Pantanal, da Família Teló; ou seja, onde vários artistas já gravaram. Entre os nomes de cantores ou músicos da região, podemos citar: Patrícia e Adriana, Tostão e Guarani e muitos outros, incluindo um que é sucesso nacional na atualidade, Leandrinho, do grupo de pagode Atitude 67.

Kald e Rebert cantam juntos há cerca de três  anos. “Nos conhecemos quando eu estava cantando num barzinho de um amigo. O Alan (Kald), pegou o microfone e começou a fazer uma segunda voz. Montamos repertório e estamos cantando juntos até hoje”, comentou Rebert.

Por um bom período, ele era integrante de uma banda de rock e, justamente por isso, os dois cantam música sertaneja universitária, mas também fazem um estilo bem eclético. Inclusive, misturam outros ritmos, como  pop-rock, durante a mesma música. “A gente faz o chamado ‘mechianp’: começa cantando uma música sertaneja universitária, por exemplo, e na mesma base (batida), passa a cantar um pop ou rock, que é hit nacional ou internacional’, explicou Alan (o Kald da dupla).

Sertanejo universitário com pop-rock

O ‘modão doído’ com Renam e Romário
Do sertanejo universitário, a gente vai agora para o sertanejo raiz. A ‘primeira voz’ grave de Romário e a segunda de Renan chamam atenção em rodas de viola, entre amigos e obviamente nas apresentações nos palcos. Os dois estão viajando e levando a música mais tradicional do estilo sertanejo por várias cidades de Mato Grosso do Sul. E olha que é uma dupla genuinamente pantaneira. Renan trabalhava em Aquidauana e Romário era de Miranda.

“Num encontro na casa do Romário, a gente se conheceu lá em Miranda e criou esta amizade. Pouco tempo depois, ele veio pra Campo Grande, aqui pro Coophasul, e a gente começou a tocar nos barzinhos”, comentou Renan.

E é claro que tem muito ‘modão sofrido’ entre as mais tocadas pela dupla. “Entre aquelas que mais cantamos, as pessoas sempre pedem os clássicos de Milionário e José Rico e também Mato Grosso e Matias; inclusive cantaram durante nossa gravação “24 horas de amor”, lembrou Romário.

“Quando a gente canta, tem muito ‘modão sofrido’ e assim vai, quase dois anos de dupla e as coisas felizmente caminhado bem”, completou Romário, antes de cantarem para nossa equipe.


Só no sapatinho! Pagode no grande Cophasul
A noite nos bairros da região é bastante movimentada, especialmente no Coophasul, onde estabelecimentos na área gastronômica fazem sucesso e têm muitas apresentações ao vivo. Durante nossa roda na Praça principal da região do Coophasul, também batemos um papo com a galera do pagode, gênero musical que praticamente nunca sai de moda no Brasil.

Alexandre Ribeiro, que já foi jogador profissional, entre os times, jogou na Portuguesa do estado de São Paulo. Há menos de um ano, está cantando e já se preparando para lançar o primeiro e novo projeto musical, com regravações de compositores conhecidos de nosso estado, como Nequinha. “No repertório, vamos fazer regravação da música ‘Menos é mais’ e também vamos gravar ‘Falem bem, falem mal’, que é do grande compositor Dequinha de Mato Grosso do Sul’, lembrou Alexandre.

Em breve, a gravação do material áudio-visual será realizada, numa proposta bem bacana, ao ar livre, na Lagoa Itatiaia, ponto turístico que fica no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. O trabalho conta com a produção musical de Márcio (Titiuzão), outro nome de peso do pagode de Mato Grosso do Sul. Músico, compositor e cantor, foi um dos integrantes do Grupo Kitafeito, que fez muito sucesso em nosso estado há cerca de 20 anos.

“Naquela época, não tinha nem internet e a divulgação que tem hoje, mas, mesmo assim, a gente fazia muito sucesso. Eu vendi mais de 5 mil CDs de mão em mão. A gente tinha muito apoio da Fundação de Cultura e ia para muitas cidades’, resgatou o ‘Titiuzão’.

Um dos sons tocados por Alexandre Ribeiro e ‘Titiuzão’ para nossa equipe foi um sucesso nacional, ‘Tá escrito’, grande mensagem do “Revelação”, um dos maiores grupos de samba e pagode do Brasil. “Há vários anos, a gente viajava por várias cidades de Mato Grosso do Sul levando o pagode com o Kitafeito. Mas até hoje, o pessoal ainda pede pra gente tocar as músicas antigas”, comentou ‘Titiuzão’, entre elas “Amor impossível”, que é de autoria do próprio Márcio ‘Titiuzão’ e Márcio Corumbá.