Secretária de Saúde, Rosana Leite, afirmou que Campo Grande conta com 14 ambulâncias e duas motolâncias para atender à população
Após polêmicas envolvendo a frota do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Campo Grande recebeu 12 novas ambulâncias, o que permitirá a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) renovar os veículos em uso e, com isso, encerrar a necessidade de aluguéis temporários.
Atualmente, o serviço opera com 10 ambulâncias de suporte básico e quatro de suporte avançado. Conforme a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, o Samu são 14 viaturas cadastradas e duas motolâncias habilitadas.
“No início do ano passado, estávamos com a frota totalmente sucateada, há mais de 10 anos sem reposição. Por isso, fizemos a locação emergencial de 11 ambulâncias, cujo contrato se encerra agora em julho”, explica.
Secretária de saúde da Sesau, Rosana Leite (Nathalia Alcântara, Midiamax)
Ainda de acordo com Rosana, as novas unidades foram entregues em duas frentes: seis para reposição e outras seis destinadas à ampliação da frota.
“A previsão inicial era de que essa ampliação ocorresse em etapas: duas ambulâncias neste ano, duas no próximo e duas no seguinte. Mas, com o recebimento antecipado, conseguimos acelerar a renovação da frota” afirma. Ela acrescenta que os veículos estão em processo de organização para entrarem em operação conforme o cronograma.
Esclarecimentos
No mês passado, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou nota oficial onde afirmou que o atendimento do Samu segue normalizado e sem prejuízos à população. O comunicado também esclareceu que a locação das ambulâncias é temporária, válida até julho de 2025, e foi realizada dentro da legalidade.
A pasta ressaltou ainda que o uso das ambulâncias alugadas tem permitido a preservação dos novos veículos, que passam pelos trâmites finais de regularização para incorporação definitiva à frota do Samu.
Frota alugada e veículos sucateados
Samu (Marcos Morandi, Midiamax)
Em maio, um levantamento do Jornal Midiamax mostrou que 13 ambulâncias antigas estavam em processo de ‘desfazimento’ devido ao alto grau de desgaste, elevado custo de manutenção e mais de cinco anos de uso, fatores que as tornam inviáveis para garantir um atendimento seguro e eficiente.
O processo de compra, porém, enfrentou atrasos devido à pandemia de Covid-19, que desacelerou a produção de veículos no país.
Em dezembro de 2024, a Prefeitura recebeu seis ambulâncias do Ministério da Saúde, destinadas à substituição dos veículos desativados. No entanto, os veículos ainda aguardavam regularização de seguro para entrarem em operação.
Já em abril de 2025, outras seis ambulâncias foram entregues com foco na ampliação do serviço e implantação de novas bases. Até então, os veículos também estavam a espera de emplacamento e seguro.
Diferenças entre os tipos de ambulância
Suporte Básico
Destinadas a ocorrências de menor gravidade, como fraturas e ferimentos leves. As unidades contam com técnico de enfermagem, condutor socorrista e equipamentos como desfibrilador, torniquetes e prancha rígida.
Suporte Avançado
Funcionam como UTIs móveis, com equipe formada por médico, enfermeiro e socorrista. São acionadas em casos mais complexos, como paradas cardiorrespiratórias, partos de emergência e acidentes graves. Equipadas com ventilador mecânico, monitor cardíaco e materiais para intubação.
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