Segundo secretário, MS tem bom desempenho no combate a crimes de tráfico.

Sejusp descarta intervenção militar em MS, mas quer renovar convênio com Exército

O titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça), Antônio Carlos Videira, descartou na manhã da segunda-feira (19) que Mato Grosso do Sul possa sofrer intervenção militar como a aplicada no Rio de Janeiro. Segundo Videira, o governo estadual não tem necessidade e nem preencheria os requisitos mínimos para que estratégia semelhante seja adotada, uma vez que MS têm indicadores satisfatórios acerca do combate a crimes decorrentes do tráfico de drogas.

"Não temos uma situação parecida com a do Rio de Janeiro, que é de falência da segurança pública, ocasionada a partir do tráfico. Pelo contrário, Mato Grosso do Sul apresenta índices de maior eficácia no combate a esses crimes nos últimos anos", explica o secretário, que cita o aumento de apreensões de drogas nas rodovias do Estado - valor que subiu de 297 toneladas em 2016 para 427 toneladas em 2017.

A possibilidade de uma intervenção militar como a que ocorre no Rio de Janeiro foi ventilada após declaração do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, à imprensa nacional. Ao jornal o Globo, Azambuja destacou que entende que "não adianta combater o problema da droga nos morros do Rio e nos grandes centros se não blindarmos as nossas fronteiras”. 

No entanto, de acordo com o secretário, a ideia é o Ministério da Justiça e a Polícia Federal assumam o papel de protagonistas na defesa da fronteira e que em relação a Sejusp, sejam renovados os decretos de GLO (Garantia de Lei da Ordem), que estabelecem apoio logistico e operacional das forças armadas nas operações policiais desempenhadas pela pasta.

"Quando falamos em renovar esse decreto de GLO no Estado, estamos querendo especificamente que o Exército possa nos apoiar nas ações dentro dos presídios, e não que haja intervenção. Essas ações são na área da justiça, e não da segurança pública. Isso porque muitos crimes são comandados de dentro dos presídios, então, nosso objetivo com a GLO é manter o controle do sistema prisional no Estado", pontua.