Maioria dos casos são quedas e atropelamento.

As férias chegaram, a criançada não tem mais aula por, aproximadamente, dois meses, mas as energias continuam a todo vapor, porém, os cuidados devem ser redobrado nesse período. De acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros, os maiores acidentes acontecem dentro de casa, local onde os cuidadores “baixam a guarda". Segundo dados divulgados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram registrados 3.133 ocorrências pediátricas entre os meses de janeiro a novembro de 2019, em Campo Grande, dezembro ainda não foi estimado. Registros de traumas e atropelamentos foram as mais frequentes.
No mínimo, dez crianças morreram em 2019 decorrentes de atropelamentos e traumas. “Nesse período, a atenção deve ser redobrada com as quedas (de árvores) e os atropelamentos; além dos acidentes, atendemos também muitas causas clínicas (pneumonias e gastroenterite)”, disse a médica do Samu, Maitê Galhardo.
O maior número de atendimentos são feitos dentro de casa, entre eles estão afogamentos, engasgamentos, quedas, queimaduras, intoxicação (por medicamentos e venenos), choques físicos, picadas de animais, ingestão ou introdução de objetos, atropelamentos entre outros. “Nessa época de férias, o que mais ocorre são traumas. Queda de bicicleta, escorregador, escada.. são classificados em leves, moderados e graves. A Santa Casa (hospital) é referência em trauma”, afirmou a residente em pediatria Rebeca Pache.
De acordo com o sargento Marte, do Corpo de Bombeiros, em Corumbá não teve nenhuma ocorrência registrada de afogamento e queimaduras com crianças, mas a maioria é relaciona a queda da própria altura, de bicicleta e de lugar elevado. “Nesses quesitos, foram 16 ocorrências envolvendo crianças (em 2019)”, declarou o sargento.
A dona de casa Mariluci Moura tem uma criança de quase dois anos e relatou a reportagem do Correio do Estado que os cuidados devem ser redobrados, “ainda mais agora que ele já anda”, disse ela. O pequeno Miguel quer descobrir tudo e acaba abrindo o armário, entrando em qualquer buraco e colocando a cabeça em locais perigosos como dentro de cestos de roupas e baldes. O risco é de ficar preso em algum lugar e não conseguir sair ou de se machucar com algum objeto cortante, por esse motivo, o conselho é não deixar nada a vista das crianças e suspender todos os objetos que possam oferecer algum risco, como facas, tesouras, medicamentos, venenos.
Outro cuidado que deve ser mais redobrado ainda são com piscinas e baldes cheios de água.
Em junho de 2019 uma criança de 1 ano e 6 meses morreu afogada em piscina de uma chácara no Parque dos Poderes. A mãe tinha ido ao banheiro e deixou a criança aos cuidados de outra pessoa, mas quando voltou, ela já estava submersa na piscina há mais de dez minutos. A vítima foi levada ao QG da Polícia Militar que fica minutos do local do acidente, mas a criança não resistiu e morreu. Os socorristas tentaram por mais de uma hora reanimar a vítima.
Outro caso envolvendo afogamento aconteceu em novembro de 2019, em Porto Murtinho, no interior do Estado de Mato Grosso do Sul. Uma criança de 1 ano e dois meses caiu em balde que era para alimentar porcos e morreu afogada. O recipiente estava no quintal da residência.
Mas os cuidados não param por aí. Outra preocupação é com a limpeza do quintal e da casa. Folhas acumuladas, restos de materiais de construções que estão guardados sem utilidade, garrafas e outros inservíveis – itens que permanecem reservados, mas que não têm mais uso – são abrigos perfeitos para os animais. Crianças e idosos são as vítimas mais preocupantes.
Na véspera de Natal (24), uma criança de 6 anos foi picada por um escorpião, ficou entubada e corria risco de morrer.
Apenas no primeiro semestre de 2019, mais de 500 pessoas foram picadas por animais peçonhentos em Campo Grande, conforme noticiou o Correio do Estado em agosto. Os meses de abril a julho com maiores incidências de casos, com 227 procurando atendimento nas unidades de saúde por conta das picadas, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
A orientação é que, em caso de acidente, a pessoa vá imediatamente até uma unidade de saúde, onde será medicada e ficará em observação para controlar uma possível reação alérgica ao veneno do animal.
Caso seja possível, também é orientado tentar colocar o animal em um recipiente com álcool, evitando contato e novo acidente, e levá-lo ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), para que seja identificado a espécie do animal e definida quais medidas devem ser tomadas para a extinção do artrópode na residência.
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