Rússia envia terceiro navio de guerra equipado com mísseis para Síria
O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu. / Foto: EFE/Maxim Shipenkov

A Rússia enviou nesta quinta-feira um terceiro navio de guerra equipado com mísseis de cruzeiro para a Síria, segundo informações do Ministério da Defesa russo, depois que outros dois seguiram ontem rumo ao país árabe.

O navio "Mirazh", da Frota do Mar Negro, deixou o porto de Sebastopol, na Crimeia, equipado com mísseis Malajit, para se juntar a pequena frota russa no Mediterrâneo para atacar as forças do Estado Islâmico (EI).

O "Mirazh" transporta mísseis antinavios de médio alcance P-120 Malajit.

Os dois navios anteriores, o "Serpujov" e "Zelioni Dol", já entraram ontem nas águas do Mediterrâneo após sair do Mar Negro, levando a bordo mísseis de longo alcance Kalibr.

"Eles têm uma maior capacidade de deslocamento náutico e, para além dos meios de defesa, estão equipados com os novíssimos mísseis de longo alcance Kalibr-NK", afirmou um porta-voz militar.

Em meados de agosto, esses dois navios de artilharia leve lançaram, a partir do Mediterrâneo Oriental, vários mísseis de cruzeiro contra as posições do Frente al Nusra.

A Rússia esta semana implantou uma bateria de mísseis antiaéreos S-300 na Síria para defender sua base naval no porto de Tartus (Mar Mediterrâneo), notícia que causou preocupação nos Estados Unidos, já que os jihadistas carecem de aviação.

Os EUA acusaram os russos e o regime de Bashar al Assad de bombardear indiscriminadamente a cidade de Aleppo, e atacar alvos civis.

O ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, disse hoje que a campanha russa na Síria permitiu para Moscou testar em armas de última geração, provou ser eficiente.

"Muitas unidades de armas modernas fabricados no mercado interno têm provado a sua credibilidade e eficiência em condições desérticas", explicou Choigu.

O ministro russo ressaltou que a experiência das tropas russas na Síria "deve ser aproveitada na hora de desenvolver novos protótipos e usar o armamento existente".

A indústria militar russa, destacou, trabalha em "a criação de novos armamentos que serão incorporados em um futuro próximo" ao arsenal das Forças Armadas da Rússia.